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Assaltantes invadem casa paroquial e rendem padre em Frecheirinha
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Assaltantes invadem casa paroquial e rendem padre em Frecheirinha

|Segurança|Caso aconteceu durante período de festejos da padroeira do Município
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PARÓQUIA em Frecheirinha realiza festa da padroeira (Foto: Reprodução/pascom_frecheirinha)
Foto: Reprodução/pascom_frecheirinha PARÓQUIA em Frecheirinha realiza festa da padroeira

Uma casa paroquial foi invadida por quatro homens armados, na quinta-feira passada, 4, no município de Frecheirinha, no interior do Ceará, a 286,09 km de Fortaleza. O padre Emílio Moura conta que foi rendido e os suspeitos levaram objetos pessoais e itens doados por fiéis à igreja.  

De acordo com o relato do padre, os criminosos invadiram o local porque teriam sido informados de uma quantia em dinheiro de mais de R$ 100 mil guardados na casa paroquial. "Mas não é verdade", ressalta o padre. O relato do sacerdote foi dado durante celebração da novena em homenagem à Nossa Senhora da Saúde, no Município, e repercutiu nas redes sociais. Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na Delegacia de Tianguá, de acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC/CE). 

Conforme o padre, os criminosos entraram "como se fossem um fiel que ia pedir uma orientação ou uma oração". Os homens, de acordo com ele, sacaram uma arma e renderam o rapaz que trabalha na secretaria da Paróquia. Objetivo era abrir a porta que dá acesso à casa paroquial. Depois, outros três homens entraram na casa, um deles "dando apenas cobertura".

Na ocasião, os assaltantes levaram os celulares das pessoas rendidas, os aparelhos telefônicos, dinheiro e as joias doadas à Igreja, e "tudo o que podiam levar", segundo o pároco. As joias e celulares mencionados pelo padre teriam sido doados pelos fiéis para os festejos na Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, em celebração à padroeira de Frecheirinha, que segue até o dia 8 de setembro.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará. De acordo com a apuração policial, os suspeitos fugiram levando um automóvel, que já foi recuperado, além de outros pertences.

O padre nega ter sofrido graves agressões, mas relembra receber ameaça: "(...) fui responder e eles e ameaçaram tiro na boca, imediatamente". "Não bateram em mim nem nos outros, foram apenas alguns empurrões. Mas a gente fica triste porque hoje isso é comigo e com os que moram comigo, mas amanhã é com os outros", rememora. 

Padre Emílio também criticou a atuação do Estado a respeito da segurança pública. "É uma vergonha muito grande essas histórias de muitos esforços e de que todos dias contrata viaturas, contrata polícia, contrata tudo e os resultados não aparecem". (Colaborou Penélope Menezes)

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