O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), Artur Bruno, afirmou, em entrevista à rádio O POVO CBN, ontem, que a Lubnor deve permanecer na Capital.
Segundo ele, durante a 5ª audiência pública que discutiu o Plano Diretor, a empresa apresenta importância econômica e social, e "houve uma defesa muito forte para a permanência da Lubnor, não só por parte da empresa, mas também das comunidades que vivem em torno dela, e não houve ninguém se colocando contra a presença da Lubnor naquela área (Mucuripe/Vicente Pinzón)".
Artur Bruno explicou ainda que as operações de tancagem e armazenamento de combustível localizadas no Cais do Porto serão transferidas para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na divisa entre os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante.
Ele ressaltou que cerca de 500 pessoas das comunidades dali trabalham na Lubnor, o que pesou na decisão da Prefeitura de manter a refinaria na proposta do Plano Diretor Participativo.
"A posição da prefeitura, é pela integração que a Lubnor tem com a comunidade. É pela adequação que ela fará de espaços para usufruto da comunidade e, também, pela importância que tem a Lubnor para arrecadação e para geração de emprego e renda", disse Artur Bruno.
A Petrobras enfrentava um impasse legal sobre a permanência da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) na capital cearense por causa de uma lei municipal de 2017, que determina a remoção de empresas classificadas como "nocivas ao meio ambiente" da área portuária até agosto de 2027.
"A Lubnor ocupa, salvo engano, em torno de quatro hectares. Fica em cima, no Vicente Pinzón", detalhou. Com esse projeto, a empresa foi reclassificada de "nociva" para "incômoda".
"Aquela área que, aparentemente, muita gente pensa que é a Lubnor, mas na verdade é a tancagem, ali na avenida, onde aqueles caminhões ficam parados com reservatórios de óleo de petróleo. Na Lubnor, os veículos realmente entram na empresa e descarregam lá dentro", complementou Artur Bruno.
"A Lubnor apresentou um projeto que está sendo desenvolvido com a UFC e com a Uece", prosseguiu o presidente do Ipplan.
A empresa possui capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia e é uma das líderes nacionais em produção de asfalto. A unidade também é a única do país a produzir lubrificantes naftênicos.