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Usuários criticam falta de comunicação após cortes nas linhas de ônibus
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Usuários criticam falta de comunicação após cortes nas linhas de ônibus

O anúncio, confirmado ontem, causou frustração entre os trabalhadores e estudantes nos terminais Antônio Bezerra e Siqueira, em Fortaleza
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A linha 200 - Ant. Bezerra/Centro foi uma das suspensas (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO A linha 200 - Ant. Bezerra/Centro foi uma das suspensas

A suspensão de 25 linhas de ônibus em Fortaleza, confirmada ontem, 29, já começou a impactar a rotina de passageiros nos terminais Antônio Bezerra e Siqueira. A decisão foi atribuída ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), segundo informe da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

“Eu só soube, na verdade, quando estava no ponto do ônibus, já esperando”, comenta Rosana Pereira, 39, sobre os cortes.

A moradora do bairro José Walter segue uma rotina no terminal Antônio Bezerra, com duas rotas para se deslocar até o trabalho, localizado na avenida Bezerra de Menezes — uma delas, o 82, faz parte de 29 linhas que tiveram redução de frota.

“Eu pego o 82 e daqui pego outro pra Bezerra. E o 82, quando eu cheguei hoje no ponto, atrasou muito e estava super lotado, quase não subi dentro do ônibus”, critica a passageira. “E quando saí do trabalho e cheguei aqui, a fila estava até a ponta ali. A gente não consegue nem subir no ônibus de tão cheio que está”.

A suspensão das linhas pelo Sindiônibus deve afetar cerca de 9 mil passageiros. Além da redução de frotas, mais duas linhas passaram por ajustes (403 - Parangaba/Expedicionários/Centro; 629 - Conj. Palmeiras/Castelo de Castro/Messejana).

Cortes na linha de ônibus: passageiros ressaltam dificuldades nas rotas

Para Rita Guedes, 30, o aumento no fluxo de passageiros após o anúncio de cortes e a falta de comunicação também causaram incômodo. “Você já passa o dia todinho trabalhando em pé e vem em pé no ônibus, que era para ter mais opções”, afirma.

Atuando como gerente de quiosque em um shopping, Rita confessa que não sabia sobre a redução. Em seguida, após ser informada do cancelamento da linha 97 (Antônio Bezerra/Siqueira), ela desiste de aguardar e solicita um transporte por aplicativo — “Pelo menos, eu chego mais rápido em casa”.

Durante a apuração nos terminais pelo O POVO, outros passageiros também decidiram utilizar aplicativos de transporte. Em sua maioria, os veículos escolhidos pelos usuários eram motos.

No terminal Siqueira, a zeladora Andressa Araújo, 43, relata que não havia se informado sobre as suspensões antes de sair de casa. Ela só descobriu o corte da linha 400 (Osório de Paiva/Siqueira) quando chegou no trabalho atrasada.

“O Canindezinho é muito lotado, e esse 400 facilitava pra gente. É triste, porque já estava acostumada. Foi uma linha nova que surgiu, um tempinho já, e dava certo”, lamentou. (Colaborou Victor Marvyo/Especial para O POVO)

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