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Metanol: Saúde investiga um caso suspeito de intoxicação no Ceará e descarta dois
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Metanol: Saúde investiga um caso suspeito de intoxicação no Ceará e descarta dois

Os registros dos municípios de Caucaia e Quixeramobim deram negativos, segundo Elmano de Freitas
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Metanol tem sido detectado em bebidas destiladas no País (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Metanol tem sido detectado em bebidas destiladas no País

Por postagem no Instagram, o governador Elmano de Freitas (PT) descartou dois dos três casos suspeitos de intoxicação por metanol na beibida alcoólica. No fim de semana, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) havia sido notificada sobre a existência de três supostas ocorrências. Uma em Caucaia, Quixeramobim e São Gonçalo do Amarante.

"Sobre os dois casos suspeitos de contaminação registrados em Quixeramobim e Caucaia, os exames iniciais da Pefoce deram negativos para o metanol", escreveu Elmano de Freitas.

A investigação permanece ainda sobre o caso registrado em São Gonçalo do Amarante, segundo nota da Sesa.

Na manhã de ontem, um comunicado da Sesa informava que a pasta foi alertada sobre o registro suspeito, em Caucaia. A vítima havia sido internada no Hospital da Unimed, em Fortaleza.

"O caso suspeito da pessoa em Caucaia foi notificado oficialmente à Sesa às 12 horas deste domingo", informou.

A assessoria de imprensa da Sesa havia confirmado, também, o caso de um paciente internado no Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim; e de uma terceira pessoa contaminado em São Gonçalo do Amarante.

Estado enviou nota técnica do MS aos municípios

Em comunicado à imprensa, a pasta da saúde informou que enviou a nota técnica do Ministério da Saúde (MS) para os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde dos municípios, "reforçando as recomendações oficiais sobre a importância da detecção precoce e tratamento".

A orientação, de acordo com o MS, é que os municípios notifiquem imediatamente as suspeitas de intoxicação.

"A Sesa segue monitorando a vigilância em saúde no Estado, em articulação ininterrupta com os órgãos competentes, reafirmando seu compromisso permanente com a proteção da saúde da população cearense", diz o comunicado.

O caso é considerado suspeito quando um paciente que ingeriu bebida alcoólica apresenta a persistência ou piora de sintomas.

São levados em consideração sintomas como embriaguez persistente, desconforto gástrico e alteração visual, entre 12 e 24 horas após o consumo.

Ministério da Saúde enviará antídoto

Durante a inauguração do novo Farol do Mucuripe, em Fortaleza, o governador Elmano de Freitas, afirmou que "o Ministério da Saúde mandará o antídoto. Estamos estruturando o estado para chegar em qualquer local do Ceará com rapidez para aquele cidadão que tenha o caso confirmado", disse o petista.

Segundo o governador, a vigilância sanitária funcionará com apoio da "Sefaz (Secretaria da Fazenda) e da Polícia Civil. A Sefaz para controle de entrada de mercadorias no Ceará e, ao mesmo tempo, a polícia para investigar situação criminosa".

No último sábado, o MS determinou a compra, em caráter de emergência, de 2,5 mil tratamentos de fomepizol - antídoto contra o metanol. (Demitri Túlio)

  

Quando o caso é considerado suspeito de intoxicação por metanol?

O caso é considerado suspeito quando um paciente que ingeriu bebida alcoólica apresenta a persistência ou piora de sintomas. 

São levados em consideração sintomas como embriaguez persistente, desconforto gástrico e alteração visual, entre 12 e 24 horas após o consumo.

No último sábado, o Ministério da Saúde determinou a compra, em carárter de emergência, de 2,5 mil tratamentos de fomepizol - antídoto contra o consumo de metanol, em parceria com uma agência farmacêutica japonesa.

O Brasil não produz o antitóxico fomepizol e utiliza, de forma alternativa, o etanol farmacêutico para os tratamentos de casos por consumo de metanol.

O ministro Alexandre Padilha revelou que o Ministério da Saúde acionou, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde, agências de 10 países na última semana, além de sete empresas com histórico de produção do fomepizol, pois o antídoto "não é um medicamento de grande circulação".

Uma morte foi registrada Brasil, em São Paulo. Outras sete suspeitas são investigadas: cinco mortes, três na capital e duas em São Bernardo; duas em Pernambuco, em Lajedo e João Alfredo.

 

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