Dez traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) foram presos na manhã desta terça-feira, 14, em Fortaleza e nos municípios de Caucaia, Maracanaú, na Região Metropolitana (RMF), e no Trairi, a 126 quilômetros da Capital. Com essas prisões, já são pelo menos 160 integrantes capturados neste ano no Ceará.
Entre janeiro e outubro, foram registradas capturas de lideranças, membros e demais pessoas ligadas direta e indiretamente com o grupo criminoso. As prisões ocorreram, principalmente, durante operações policiais. Os dados são de um levantamento feito pelo O POVO, consolidado nesta terça-feira, 14.
Os suspeitos da facção presos mais recentes atuavam diretamente na venda de drogas e no abastecimento de bocas de fumo. Em Fortaleza, as prisões foram realizadas nos bairros Praia de Iracema e Barra do Ceará. As capturas aconteceram na operação “Atlântida”, da Delegacia de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE).
Ao todo, 18 mandados de prisão foram expedidos e 12 foram cumpridos, sendo nove contra suspeitos em liberdade e outros três contra alvos que já estavam no sistema prisional. Também foram cumpridos 23 mandos de busca e apreensão.
Durante as diligências, foram realizadas três flagrantes, sendo dois de alvos de mandados. O terceiro foi um homem preso em posse de maconha e cocaína embaladas para comercialização, além de uma balança de precisão e um celular. Ao todo, foram bloqueados de R$ 250 mil de cada alvo.
Conforme o delegado-adjunto do Denarc, João Carlos Machado, as investigações que identificaram os alvos tiveram início com a prisão de um líder do CV no ano passado. Com ele, foram apreendidos celular, R$ 95 mil em espécie, moedas estrangeiras da Bolívia e Índia e uma máquina de contar cédulas.
"Com a identificação dessas 18 pessoas também integrantes dessa organização criminosa, nós representamos pelas buscas e apreensões nos domicílios dessas pessoas, representamos pelas prisões preventivas e pelos bloqueios de valores dos investigados", disse o delegado.
Durante as ações, um dos suspeitos, ao perceber a chegada de uma equipe policial na residência onde estava, jogou dois tabletes de maconha por cima do telhado da residência e tentou se desfazer de outras drogas no vaso sanitário.
"As equipes conseguiram aprender e apresentar todo esse material na delegacia. Todos eles atuavam diretamente no comércio de drogas", reafirmou o delegado, que pontou que os suspeitos atuavam em diversos bairros da Capital, entre eles a Praia de Iracema e Amadeu Furtado.
Segundo as investigações, todos os alvos possuem passagens pela polícia. Entre os crimes, estão o tráfico de drogas, crimes patrimoniais e receptação. As drogas identificadas na atuação dos traficantes estão o comércio ilegal de maconha, cocaína e drogas sintéticas, como ecstasy.
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Na dinâmica, o delegado-adjunto da Denarc destacou que os alvos recebiam os entorpecentes de um distribuidor maior e, em seguida, distribuíam entre os pontos de vendas de drogas em bairros dominados pela facção criminosa de origem carioca.
A operação também foi coordenada pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e teve apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
As prisões por integrar organização criminosa tiveram aumento de 86,6% no Ceará entre janeiro e setembro deste ano. As informações são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) divulgados nesta terça-feira, 14.
Conforme o órgão, foram 1.851 pessoas presas em flagrante ou por mandados suspeitas de integrar organizações criminosas no período de nove meses. No mesmo período no ano passado, foram 992 capturas, revelando que, neste ano, o Estado teve 859 prisões a mais de faccionados.
O secretário da Segurança Pública do Ceará, Roberto Sá, atribuiu os números as ações das Forças de Segurança. Segundo ele, as prisões realizadas são complexas e também afirmou a importância da integração entre as instituições, como Ministério Público e do Poder Judiciário. "
Em Fortaleza, foi registrado aumento de 150% de capturas de faccionados. Foram 600 prisões entre janeiro e setembro deste ano. Em 2024, a quantidade de capturas foi de 403. Já na Região Metropolitana, os indicadores revelam aumento de 73,4%, com 699 registros em 2025 contra 403 ocorrências no ano passado.
Os números no Interior Norte são de um aumento foi de 62,5%. Foram 338 prisões ou apreensões neste ano, contra 208 ações entre janeiro e setembro do ano passado. O balanço do Interior Sul também aponta para alta de capturas de 52,1%. Foram 213 prisões ou apreensões em flagrante ou por mandado contra 140 ações no período anterior.
Fortaleza
Na Capital, o aumento foi de 150% de capturas de faccionados, equivalente a 600 prisões entre janeiro e setembro deste ano
Prisões por integrar facção crescem 86,6%
As prisões por integrar organização criminosa tiveram aumento de 86,6% no Ceará entre janeiro e setembro deste ano. As informações são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) divulgados ontem, 14.
Conforme o órgão, foram 1.851 pessoas presas em flagrante ou por mandados suspeitas de integrar organizações criminosas no período de nove meses. No mesmo período no ano passado, foram 992 capturas, revelando que, neste ano, o Estado teve 859 prisões a mais de faccionados.
O secretário da Segurança Pública do Ceará, Roberto Sá, atribuiu os números às ações das Forças de Segurança. Segundo ele, as prisões realizadas são complexas e também afirmou a importância da integração entre as instituições, como Ministério Público e do Poder Judiciário.
Em Fortaleza, foi registrado aumento de 150% de capturas de faccionados. Foram 600 prisões entre janeiro e setembro deste ano. Em 2024, a quantidade de capturas foi de 403. Já na Região Metropolitana, os indicadores revelam aumento de 73,4%, com 699 registros em 2025 contra 403 ocorrências no ano passado.
Os números no Interior Norte são de um aumento foi de 62,5%. Foram 338 prisões ou apreensões neste ano, contra 208 ações entre janeiro e setembro do ano passado. O balanço do Interior Sul também aponta para alta de capturas de 52,1%. Foram 213 prisões ou apreensões em flagrante ou por mandado contra 140 ações no período anterior.
Prisões
Os suspeitos da facção presos mais recentemente atuavam diretamente na venda de drogas e no abastecimento de bocas
de fumo