Até o fim de setembro, o Ceará registrou 33 casos de coqueluche, sendo a maioria dos casos em crianças. Dado representa um aumento de 57% em relação ao ano de 2024 completo, quando foram contabilizados 21 casos. Aumento da infecção respiratória acompanha tendência nacional e é causado pela baixa cobertura vacinal.
Quando se compara com 2023 e 2022, o aumento é mais acentuado. Foram apenas dois casos confirmados em cada um destes anos no Estado.
A coqueluche é uma infecção respiratória grave e altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença é transmitida por gotículas de saliva e é especialmente perigosa para bebês de até um ano.
Segundo Carlos Garcia, orientador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), a baixa cobertura vacinal durante os anos de pandemia, principalmente 2020 e 2021, criou um "estoque de pessoas suscetíveis" à doença.
"Agora elas estão desenvolvendo a doença quando tem contato com algum doente, né? Aqui no Ceará, o que a gente observou tanto no ano passado quanto nesse é que uma boa parte deles são pessoas que haviam realizado viagens recentes, principalmente para sul e sudeste, ou haviam tido contato com pessoas que tinham realizado viagem recente", relaciona.
"As crianças maiores geralmente têm um quadro mais leve, porque muitas receberam pelo menos uma cobertura vacinal parcial. Mesmo que ela não tenha feito o esquema completo, tenha perdido alguma dose, mas algum mínimo de imunidade. Ela tem um sistema imune já mais desenvolvido. Os menores de 6 meses realmente são uma faixa que uma faixa etária que preocupa a gente", avalia Carlos Garcia.
Conforme a Sesa, a principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação de crianças menores de um ano, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos, vacinação de gestantes e puérperas e de profissionais da área da saúde.
Para crianças, na rotina, o esquema de vacinação que previne contra a coqueluche é realizado até seis anos, 11 meses e 29 dias.
Os primeiros sintomas da coqueluche se assemelham ao de um resfriado comum: febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca. Quadro se intensifica com o tempo.
A fase mais grave envolve crises de tosse intensa, chamados de crises paroxísticas, que podem durar semanas e acontecem principalmente à noite. Nessas crises, o paciente pode apresentar rosto vermelho (congestão facial) ou azulado (cianose) e, às vezes, fazer um som agudo ao inspirar (guincho).
O diagnóstico da infecção é feito com exames clínicos e laboratoriais. O tratamento é geralmente feito com antibióticos. Além disso, pessoas próximas ao paciente (contactantes) devem receber profilaxia, que inclui vacinas, medicação, uso de máscaras e cuidados de higiene.
Sintomas e tratamento
Os primeiros sintomas da coqueluche se assemelham ao de um resfriado comum: febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca. Quadro se intensifica com o tempo.
A fase mais grave envolve crises de tosse intensa, chamados de crises paroxísticas, que podem durar semanas e acontecem principalmente à noite. Nessas crises, o paciente pode apresentar rosto vermelho (congestão facial) ou azulado (cianose) e, às vezes, fazer um som agudo ao inspirar (guincho).
O diagnóstico da infecção é feito com exames clínicos e laboratoriais. O tratamento é geralmente feito com antibióticos. Além disso, pessoas próximas ao paciente (contactantes) devem receber profilaxia, que inclui vacinas, medicação, uso de máscaras e cuidados de higiene.
Faixa etária e cobertura
Faixa etária
Menos de 6 meses: 8 casos
7 a 11 meses: 3 casos
1 a 4 anos: 10 casos
5 e 9 anos: 3 casos
10 a 19 anos: 3 casos
Mais de 20 anos: 6 casos
Cobertura Vacinal PentaValente para crianças de 6 meses:
2020 - 84,6%
2021- 75,3%
2022: 86,7%
2023: 95,9%
2024: 95,2%