Se marcar um encontro com alguém na Praça da Bandeira, em Fortaleza, você provavelmente será esperado num lugar diferente do que carrega essa denominação oficial. Há mais de 60 anos, o logradouro com esse nome não é o que fica em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), localizada entre as ruas General Clarindo de Queiroz, General Sampaio, Senador Pompeu e Meton de Alencar. Essa, na verdade, é a Praça Clóvis Beviláqua. Mesmo pessoas que sabem qual é a denominação oficial entendem que, quando se fala em Praça da Bandeira, a referência geralmente é àquele espaço.
A verdadeira Praça da Bandeira fica em outro ponto do Centro, em frente ao Colégio Militar de Fortaleza, na avenida Santos Dumont, entre as ruas Nogueira Acioli, Dona Leopoldina e Franklin Távora. A praça também é conhecida por compartilhar localização com a Igreja do Cristo Rei, inaugurada em 1930. Pelo templo, muitos moradores se referem ao local como “Praça do Cristo Rei”.
Mas essa confusão tem justificativa: a atual Praça da Bandeira teve a denominação oficializada pela lei n.º 1.671, de 16 de dezembro de 1960, que definiu ou alterou o nome de dezenas de espaços públicos, na gestão do prefeito General Manuel Cordeiro Neto. Antes, o local era chamado de praça Benjamin Constant, em homenagem ao militar, engenheiro, professor, político brasileiro e ministro da Guerra do Brasil de 1889 até 1890.
Constant foi figura central na transição do Império para a República. Com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, foi nomeado ministro da Guerra e, posteriormente, ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Ele também dá nome a uma rua da Capital, no bairro Bela Vista.
Apensar da mudança em 1960, reportagens entre os anos 1970 e 1990 mantinham a referência ao nome Praça da Bandeira para se referir ao logradouro ao lado da Faculdade de Direito da UFC.
Em 1983, O POVO resgatou a história da Praça Clóvis Beviláqua, com descrições imagéticas de “grandes árvores que davam sombra em toda a sua extensão, além de vários cafés sediados em casas de madeira”, que caracterizavam o local no início do século XX, quando ainda era chamada de praça Visconde de Pelotas.
Na mesma lei de 1960, a então Praça da Bandeira recebeu o nome de Clóvis Beviláqua, jurista cearense considerado o principal responsável pela elaboração do Código Civil Brasileiro de 1916, que permaneceu em vigor por mais de cem anos.
Beviláqua viajou da cidade natal, Viçosa do Ceará, para Sobral e depois para Fortaleza, estudar no colégio Liceu do Ceará. Em sua carreira, foi fundador da Academia Cearense de Letras, em 1894, e também da Academia Brasileira de Letras, em 1897. Ele dá nome ao Fórum onde funcionam a maioria das unidades de 1º Grau da Comarca de Fortaleza.
A Praça da Bandeira, conhecida como do Cristo Rei, viveu anos de interdição, quando virou canteiro de obras em 2013 para obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor). No segundo semestre de 2017, a praça foi liberada pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), responsável pela obra.
Nesta quarta-feira, 19 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Bandeira, instituído quatro dias após a Proclamação da República, em 1889. A data marca a adoção do estandarte nacional. Entre os dias 15 e 19 de novembro de 1889, foi adotada pelo governo provisório da República uma bandeira com 13 listras horizontais verdes e amarelas, com um retânguloazul no canto superior esquerdo contendo 21 estrelas brancas — muito parecida com a bandeira dos Estados Unidos.
Antes de 15 de novembro de 1889, o País tinha como símbolo a antiga bandeira imperial — já trazia undo verde e o losango amarelo, mas, no lugar do céu estrelado com a faixa branca atuais, havia o brasão do Império ao centro.
Idealizada por Raimundo Teixeira Mendes, a bandeira brasileira atual preserva as cores do antigo pavilhão imperial. O verde, originalmente ligado à Casa de Bragança, passou a simbolizar as florestas e a natureza do País, enquanto o amarelo, associado à Casa de Habsburgo da imperatriz Leopoldina, representa também a riqueza dos recursos naturais.
No centro da bandeira, a esfera azul retrata as constelações visíveis no céu do Rio de Janeiro na data da proclamação da República. Cada estrela remete a uma unidade federativa, reforçando a ideia de união entre os estados brasileiros.
Sobre a esfera, a faixa branca traz o lema “Ordem e Progresso”, expressão que guiou os republicanos na formulação do novo símbolo nacional. Segundo o Exército Brasileiro, o conjunto da bandeira reúne valores que inspiraram a República e continuam associados à busca por paz, estabilidade e desenvolvimento do País.
Dia da Bandeira
Nesta quarta-feira, 19 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Bandeira, instituído quatro dias após a Proclamação da República, em 1889. A data marca a adoção do estandarte nacional. Entre os dias 15 e 19 de novembro de 1889, foi adotada pelo governo provisório da República uma bandeira com 13 listras horizontais verdes e amarelas, com um retângulo azul no canto superior esquerdo contendo 21 estrelas brancas — muito parecida com a bandeira dos Estados Unidos.
Antes de 15 de novembro de 1889, o País tinha como símbolo a antiga bandeira imperial — já trazia fundo verde e o losango amarelo, mas, no lugar do céu estrelado com a faixa branca atuais, havia o brasão do Império ao centro.
Obras
A Praça da Bandeira, conhecida como do Cristo Rei, viveu anos de interdição, quando virou canteiro de obras em 2013 para obras da Linha Leste do Metrofor. Em 2017, foi liberada pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), responsável pela obra