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Evento em Fortaleza debate educação técnica nas escolas de ensino médio
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Evento em Fortaleza debate educação técnica nas escolas de ensino médio

Alunos e empresas pontuam capacitação técnica como diferencial durante a inserção no mercado de trabalho; FDR celebra parceria com escolas profissionalizantes
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A conciliação das vidas profissional e acadêmica foi abordada no encontro (Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: DANIEL GALBER/ESPECIAL PARA O POVO A conciliação das vidas profissional e acadêmica foi abordada no encontro

Professores e alunos dos cursos de Desenvolvimento de Sistemas e Redes de Computadores da EEEP Comendador Miguel Gurgel, em Fortaleza, se reuniram nesta terça-feira, 2, para debater os impactos do ensino tecnológico nas escolas de ensino médio. Durante toda a manhã, foram organizadas palestras e rodas de conversa nas salas e no pátio da instituição para troca de experiências sobre a conciliação das vidas profissional e acadêmica.

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Para os alunos da escola, o evento foi uma oportunidade de mostrar os aprendizados que adquiriram e projetos que têm sido desenvolvidos nos últimos anos. Rian Araújo, 17, por exemplo, é concludente do terceiro ano na instituição, foi recentemente efetivado pela empresa onde estagiou e destaca a importância de uma boa grade curricular para sua formação.

"Na escola a gente aprende desde o básico mesmo, desde a lógica, até a criação de programas mais complexos, tarefas complicadas e que acontecem no mundo real. Aprendemos com diversas experiências, teóricas e práticas, e isso me formou muito como profissional, estudante e pessoa que sou hoje", conta.

Quem passa por esse processo de formação, aponta exatamente a fase do estágio como o maior desafio, mas ao mesmo tempo, um dos grandes benefícios do ensino técnico. Em áreas concorridas, como a da Tecnologia da Informação (T.I) sair da escola já com uma oportunidade de emprego pode ser um empurrãozinho essencial no início da carreira.

Esse foi o caso de Tamires Frota, 18, ex-aluna do curso de Desenvolvimento de Sistemas da Miguel Gurgel. A jovem, recém-efetivada pela empresa onde estagiou durante o ensino médio, conta que já tinha interesse em trabalhar na área desde criança, mas só pode realizar esse sonho graças ao conteúdo aprendido e resultados alcançados durante o curso técnico.

"Sem eles eu não teria feito nem metade do que eu fiz até hoje. Seria muito mais difícil porque eu não teria um estágio prévio, seria mais difícil entrar na área já que a área de T.I é bem concorrida. Quando entro já sendo técnica, é um diferencial. Sempre tive muito acompanhamento dos professores durante o estágio. Deixam muito claro nossas oportunidades e o que a gente tem que fazer para chegar em tal lugar", conta.

Casos como os de Tamires e Rian já se repetem desde 2010, quando a Miguel Gurgel virou uma escola profissionalizante. Com uma média de 60% dos alunos contratados ao final do estágio, a escola vê o ensino técnico como um diferencial para que os jovens cheguem capacitados para o mercado de trabalho.

"Passamos dois anos e meio com eles tendo aulas teóricas, práticas, visitações, tendo esses momentos de networking, para no segundo semestre do terceiro ano, eles irem para o estágio, no qual fizemos essa preparação. Vamos atrás das empresas, olhamos o perfil do aluno, para que no final do estágio de 300 horas eles possam ser contratados", explica o coordenador do eixo de T.I da EEEP Miguel Gurgel, Robério Alencar.

Empresas destacam benefícios de receber jovens talentos

Ao todo, 45 empresas fazem parte do banco de parceiros da EEEP Miguel Gurgel. Entre estas estão a Universidade Aberta do Nordeste (Uane) e a Fundação Demócrito Rocha (FDR), que recebem jovens talentos em T.I, administração, secretariado, entre outras áreas.

Para Josy Cavalcante, gerente pedagógica da Uane e da FDR, a parceria para o estágo curricular é uma oportunidade de cooperar para o crescimento profissional dos jovens, acompanhando-os no dia a dia do trabalho, bem como uma forma de recrutar novos profissionais que poderão contribuir com a empresa futuramente.

"Eles vão trabalhar nossos sites, nossos processos, fluxos de processos [...] Hoje são alunos, mas estão lá como profissionais, também. Tem muito nosso acompanhamento, incentivo, ajustes do trabalho realizado por eles... e eles são potenciais pessoas a ficarem quando tiver a necessidade de um profissional. A ideia é que uma vez podendo contratar, contrate-os. Eles são tão bons alunos, e no que estão fazendo, que são exemplo do que o mercado de trabalho busca", pontua.

Para os estudantes, a conciliação da base comum, com matérias de português, matemática e outros conteúdos com o ensino técnico, é o que os ajuda a se tornarem esses profissionais tão bem quistos já na entrada no ramo que decidiram trabalhar.

"Conciliar a base curricular comum com a base técnica foi sem dúvida uma das minhas melhores experiências. Foi justamente por conta disso que fui formado para o mercado de trabalho. Tenho o conhecimento técnico que aprendi aqui, quanto a base curricular que todo adolescente deve ter nessa fase da vida", afirma Gustavo Alves, 18, aluno do terceiro ano de Desenvolvimento de Sistema da Miguel Gurgel e também recém-contratado após o estágio curricular.

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Data

O evento celebrou o Dia do Profissional de T.I e reuniu alunos e gestores de empresas

Empresas destacam benefícios

Ao todo, 45 empresas fazem parte do banco de parceiros da EEEP Miguel Gurgel. Entre estas estão a Universidade Aberta do Nordeste (Uane) e a Fundação Demócrito Rocha (FDR), que recebem jovens talentos em T.I, administração, secretariado, entre outras áreas.

Para Josy Cavalcante, gerente pedagógica da Uane e da FDR, a parceria para o estágo curricular é uma oportunidade de cooperar para o crescimento profissional dos jovens, bem como uma forma de recrutar novos profissionais.

"Tem muito nosso acompanhamento e incentivo e eles são potenciais pessoas a ficarem quando tiver a necessidade de um profissional", pontua.

Para os estudantes, a conciliação da base comum, com matérias de português, matemática e outros conteúdos com o ensino técnico, é o que os ajuda a se tornarem esses profissionais tão bem quistos.

"Conciliar a base curricular comum com a base técnica foi uma das minhas melhores experiências. Foi por causa disso que fui formado para o mercado de trabalho. Tenho o conhecimento técnico e a base curricular que todo adolescente deve ter nessa fase da vida", afirma Gustavo Alves, 18, aluno do terceiro ano de Desenvolvimento de Sistema da Miguel Gurgel e recém-contratado após o estágio curricular.

Local

A EEEP Comendador Miguel Gurgel está localizada na rua José Baima, no bairro Guajeru

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