“Sermos ponte na vida da sociedade”, disse o arcebispo de Fortaleza, dom Gregório Paixão durante a celebração da Missa do Galo na Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro, na noite da quarta-feira, 24, véspera de Natal. Dezenas de fieis encheram o templo para celebrar a data.
Antes da celebração, o arcebispo falou à imprensa e destacou que a mensagem durante a missa consiste no significado profundo do Natal, sob uma perspectiva de responsabilidade social e renovação espiritual. Na homilia, dom Gregório conectou a história do céu e a realidade da terra com foco no olhar para as pessoas esquecidas.
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“Fazer com que a ação do nosso Natal chegue até as pessoas, principalmente àquelas que mais necessitam, os mais pobres, os que estão entristecidos, os que estão desesperados, os que desistiram da vida. Se a gente assim o fizer, o Natal não será apenas a recordação de um tempo ou de um instante, mas será uma constante na nossa vida”, disse o arcebispo.
Ao longo da celebração na Catedral, dom Gregório trouxe o significado do nascimento de Jesus, contrastando a rejeição humana das portas fechadas em Belém com a acolhida da criação, que foi representada pelos animais.
“A humanidade precisa renascer outra vez para entender que nós não podemos viver animalescamente. Isso notamos pelos povos que estão ao nosso lado, tantos homens e mulheres na rua, tantas guerras, tantas mortes, feminicídios, injustiças, as mais variadas possíveis, mostrando que os animais dos campos foram substituídos por aqueles que estão nas cidades”, destacou.
Ainda segundo o arcebispo, o Natal é um chamado prático para que cada pessoa ilumine as trevas sociais, agindo como uma ponte de esperança que resgata a inocência e a dignidade do próximo. “Celebrar o Natal é dar o passo seguinte para que a casa do pão alimente aquele que não tem”, afirmou e convocou que os fiéis sejam "pontes na vida da sociedade e de cada irmão que precisa e deseja”.
A celebração, que teve início às 19 horas, era esperada com emoção pelos primeiros fiéis que chegaram à Catedral. Faltando ainda alguns minutos para o início da celebração, os primeiros bancos da Catedral estavam ocupados, ao mesmo tempo que mais pessoas começavam a entrar pelo portão principal do templo.
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Alguns fiéis destacaram a expectativa pela celebração que estava por vir. A estudante Niele Bezerra, 28, foi acompanhada da mãe, dona Maria Liduína, 56, para assistirem juntas à primeira Missa do Galo na Catedral de ambas. "A gente veio hoje agradecer a Deus, a Jesus, pela nossa vida, pelo dia de hoje", comenta Niele.