A sucata não tinha certificação de conformidade do Corpo de Bombeiros, documento que atesta a segurança e a proteção contra incêndios em prédios comerciais. Ao O POVO, a corporação informou que o local estava em processo de conformidade desde do ano passado, mas que um termo do projeto apresentado pelo proprietário havia sido negado.
Conforme a CBMCE, o proprietário da sucata tinha submetido um plano de segurança, no entanto, a vistoria oficial detectou uma discrepância entre o projeto aprovado e a realidade física do local, resultando na reprovação das medidas de proteção instaladas.
Ainda segundo a corporação, os responsáveis não corrigiram as pendências apontadas nem solicitaram uma nova inspeção desde o ano passado. A estrutura permanecia em situação ilegal com o Corpo de Bombeiros.
Durante o combate e o rescaldo, os Bombeiros utilizaram 450 mil litros de água. O volume foi empregado com o apoio de três viaturas-tanque de 12 mil litros, reabastecidas quatro vezes; seis auto bomba-tanque (ABTs) de quatro mil litros; e seis carros-pipa da Cagece, com capacidade de 10 mil litros, reabastecidos três vezes cada.
"Não há registro de óbitos relacionados à ocorrência até o momento. As equipes permanecem no local executando ações de rescaldo, monitoramento de focos residuais e avaliação estrutural da edificação, com prioridade absoluta à segurança das guarnições e da população do entorno", disse a CBMCE, em nota.