As operações de combate, rescaldo e monitoramento do incêndio na Sucata Chico Alves foram encerradas na madrugada desse domingo, 28, após 76 horas de enfrentamento. Informação foi divulgada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE).
Causas do incêndio estão a cargo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que informou que está no cumprimento dos procedimentos administrativos para a realização da perícia técnica no local do incêndio, que será realizada nos próximos dias.
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Procurado pelo O POVO, o CBMCE informou que os focos de calor e a estabilização da área foram feitas na madrugada deste domingo, 28.
“No total, foram empregados aproximadamente 600 mil litros de água nas ações de combate e rescaldo, com o uso combinado de viaturas-tanque, Auto Bomba Tanque (ABTs), Auto Escada Mecânica e apoio de carros-pipa da Cagece”, diz a pasta.
Cerca de 70 bombeiros militares e 23 viaturas do CBMCE atuaram na operação, que seguia em andamento desde a quarta-feira, 24.
Quatro atendimentos foram realizados durante os três dias de combate ao fogo: dois bombeiros militares, um com exaustão e outro com queimadura de 2º grau em uma das mãos, ambos atendidos no local e liberados; e dois civis, sendo um adolescente com ferimento leve, atendido e liberado após avaliação, e uma mulher que apresentou mal súbito, encaminhada à UPA do Cristo Redentor.
Além do CBMCE, a Polícia Militar do Ceará (PMCE), Defesa Civil de Fortaleza, Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Fortaleza, atuaram na operação.
“Com a conclusão das ações na madrugada deste domingo, 28, o local foi deixado em condições seguras, após avaliação técnica e resfriamento completo das áreas críticas. O CBMCE encerra a operação e permanece à disposição para eventuais demandas relacionadas à ocorrência”, finalizou a nota da corporação.
Na noite da quarta-feira, 24, foi possível ver grandes labaredas dentro do espaço, que rapidamente se alastraram a outros pontos comerciais. Ainda não há informações sobre as causas do incidente.
O POVO acompanhou os desdobramentos in loco. No segundo dia de incêndio, a Defesa Civil do município interditou oito casas, cinco com interdição total e três, parcial, e um bloco residencial, devido ao risco às estruturas das casas atingidas pelas chamas. Pelo menos dez famílias foram afetadas.
Moradores da região afirmaram que a previsão das interdições é entre 15 e 30 dias. A orientação inicial foi para que os moradores buscassem abrigo com parentes ou em outros locais provisórios, enquanto é providenciado o acesso ao aluguel social para as famílias afetadas.