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Causas para complicações de quadros gripais
Ciência e Saúde

Causas para complicações de quadros gripais

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Diferencas entre gripe, resfriado e covid (Foto: luciana pimenta)
Foto: luciana pimenta Diferencas entre gripe, resfriado e covid

Apesar de a gripe geralmente ter resolução espontânea, há fatores que podem levar a complicações. Um deles é a vulnerabilidade do paciente. Crianças menores de cinco anos — especialmente as menores de dois anos —, idosos, grávidas, puérperas até duas semanas após o parto e população indígena são alguns grupos de risco.

A lista também inclui pessoas com obesidade, diabetes, pneumopatia — como asma — e imunossupressão associada a medicamentos e outras condições. "As questões nutricionais também são envolvidas para contribuir ou não para esse agravamento", acrescenta Emilia Soares Chaves Rouberte, doutora em enfermagem e professora do curso de Enfermagem da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Entre as principais complicações estão pneumonia bacteriana, sinusite, otite, desidratação, piora de doenças crônicas e pneumonia primária por influenza, segundo o documento "Protocolo de tratamento de influenza 2017", do Ministério da Saúde (MS).

Principalmente nos pacientes de maior risco, a infectologista Dionne Bezerra Rolim destaca a importância de se estar atento para a evolução da doença e de uma reavaliação caso surjam novos sintomas. "Essas infecções (virais) também podem complicar com infecção bacteriana secundária."

Além da resposta imunológica do paciente, o "poder de destruição celular do vírus" também pode levar ao agravamento, segundo a pneumologista Márcia Alcântara Holanda. Algumas mutações podem tornar os vírus "extremamente virulentos e mortais".

A infectologista Dionne Bezerra Rolim aponta que algumas vezes o vírus da influenza pode ter potencial epidêmico. "Tivemos, em 2009, a epidemia de influenza por H1N1. Geralmente (a complicação) ocorre mais nesses pacientes que são considerados de maior risco, embora também possa acontecer em pacientes sem fator de risco", afirma.

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