No processo de reabilitação, o controle da deglutição com o profissional fonoaudiólogo é prioridade, a fim de evitar engasgos e aspirações pulmonares que podem ocasionar infecções respiratórias graves. "O maior risco é de broncoaspiracão, que pode levar à pneumonia. Em alguns casos, o paciente tem a necessidade de ficar sondado, para que essa função seja realizada, até que esteja apto para uma alimentação segura por via oral", explica a fonoaudióloga Silvia Capistrano.
A nutricionista Rosângela Meneses orienta que, paralelamente ao tratamento fonoaudiológico, uma alimentação individualizada e rica em vitaminas e sais minerais com suplementos antioxidantes aumenta a quantidade de massa magra, que normalmente é perdida no pós-AVC.
Além da dificuldade de engolir (disfagia), o paciente também pode apresentar dificuldade com relação à linguagem, tanto expressiva como compreensiva. "A pessoa pode ter dificuldade de se expressar oralmente, mas com compreensão preservada e também dificuldade de compreender, mas com expressão oral preservada, embora fazendo uso de palavras sem sentido, sem perceber. A essa alteração denomina-se afasia, que pode apresentar características variadas como a anomia, onde o paciente não consegue nomear os objetos; estereotipias, que se caracteriza pela repetição automática de uma palavra ou sílaba, entre outras manifestações que interferem na comunicação do paciente", esclarece a fonoaudióloga, que é professora do curso de graduação em Fonoaudiologia e Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar com enfoque em disfagia da Universidade de Fortaleza (Unifor).