"Em cada fase da vida, temos uma média recomendada de horas para dormir", explica Sergio Tadeu Almeida, chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ele detalha que um recém-nascido chega a dormir 16 horas por dia, com o sono dividido em vários períodos. Crianças, tendem a ter um tempo de sono cotidiano de 12 horas. No período da adolescência, a necessidade média é de 8 a 9 horas, chegando na vida adulta a um tempo médio de 7 a 8 horas.
O médico diferencia ainda que essas médias de tempo variam conforme questões genéticas e biológicas. Há quem precise de menos de 6 horas de sono, os chamados "curtos dormidores", e indivíduos com necessidade de 9 ou mais horas de sono para estarem repousados, os "longos dormidores". "O que devemos levar em consideração é o tempo de sono suficiente para que no dia seguinte estejamos dispostos mentalmente e fisicamente para nossas atividades, sem prejuízos no rendimento escolar ou no trabalho", indica.
Almeida explica ainda que um sono de qualidade e na quantidade ideal para o indivíduo é fundamental para o bom funcionamento do cérebro, a regulação hormonal e imunológica e o bem-estar físico. Quando o sono é insuficiente ou prejudicado por doenças como apneia e insônia, pode ocorrer sonolência excessiva durante o dia, irritabilidade e dificuldade de atenção e concentração. Em caso de persistência de um sono de má qualidade, pode haver predisposição para doenças cardiovasculares e disfunções do metabolismo.