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Brasil tem 487 espécies exóticas invasoras registradas
Ciência e Saúde

Brasil tem 487 espécies exóticas invasoras registradas

No país, 272 animais e 210 plantas fazem parte da categoria e ameaçam a biodiversidade nacional
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Mangueira é considerada uma espécie exótica (Foto: Pixabay)
Foto: Pixabay Mangueira é considerada uma espécie exótica

No Brasil, até o momento, 487 espécies invasoras foram registradas por colaboradores do Instituto Hórus. Sejam animais, como cracas, água-vivas e caracóis, ou plantas como trepadeiras, jacas e mangueiras, a presença destes seres, que tiveram origem em outras regiões, apresenta ameaças ao meio-ambiente.

De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza, a presença dessas espécies é uma das principais causas de processos de extinção e perda de biodiversidade no mundo. A nível nacional, além de 272 espécies de animais e 210 de plantas, quatro espécies do Reino Protista (protozoários e/ou algas) e uma do Reino Monera (bactérias) também integram a lista de invasoras.

No caso de algumas espécies exóticas invasoras, o impacto ambiental atrelado à sua presença no bioma pode requerer políticas de manejo, sejam preventivas ou para controle das populações já estabelecidas nos locais.

Geralmente, essas iniciativas são voltadas para áreas e espécies prioritárias. "Algumas espécies são muito persistentes, então requerem estratégias, técnicas e bastante conhecimento técnico para que isso seja atingido", relata Sílvia.

No entanto, no Brasil, políticas públicas no sentido de controlar estas espécies já foram implementadas em estados como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal e são atualmente discutidas na Bahía e em Pernambuco.

Para Sílvia, o uso das informações disponíveis na Base de Dados Nacional de Espécies Exóticas Invasoras para elaboração de iniciativas governamentais com foco na gestão dessas espécies é uma das formas como o trabalho realizado pelo Instituto Hórus pode contribuir para a preservação da biodiversidade. Ela coloca que a base de dados "ajuda as iniciativas locais ou regionais a definirem prioridades em função dos riscos que elas oferecem para cada tipo de ambiente".

Além disso, a plataforma também pode ser acessada pela população que, por meio do acompanhamento destes impactos, pode entender, por exemplo, quais plantas ornamentais são invasoras e evitar o seu cultivo.

No caso de iniciativas de restauração ambiental, o uso desses dados por levar à compreensão de quais espécies não devem ser plantadas e "para que as pessoas saibam que essas espécies são exóticas e são um problema, e que não plantem, por exemplo, goiaba, que é uma espécie comumente usada em iniciativas de restauração e não é nativa do Brasil", alerta Sílvia. (Com Agência Brasil)

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