A convivência com uma alergia é uma situação delicada por envolver uma série de cuidados particulares que vão desde mudanças na rotina, adaptações na alimentação e, principalmente, a retirada dos alérgenos do ambiente de familiaridade.

A estudante Larissa Aragão, de 20 anos, sofre com alergia a ácaro, poeira, pólen, crustáceos, medicamentos com esteroides, além das alergias oculares dela, que são conjuntivite alérgica, rinite alérgica e dermatite de contato.

Algumas das alergias são heranças genéticas da mãe, mas a maioria apareceu com o tempo. Ela conta que iniciou o tratamento assim quando criança, mas, com o tempo, tornou-se alérgica ao tratamento. "Eu devia ter entre 5 e 6 anos quando eu comecei a manifestar alergia e comecei a ter as primeiras crises em que eu precisava ir ao hospital", relata a estudante.

Fora ficar longe dos alérgenos, Larissa precisa tomar determinados cuidados. "Preciso estar com o dedo limpo, tenho que evitar mexer no meu olho, encostar em alguma coisa que eu sei que tem muito acúmulo de poeira, encostar em algumas texturas porque eu sei que vai ter alguma coisa que pode me dar uma dermatite na hora e aí vai me incomodar vai até desenvolver uma crise", conta.

Nicole Queiroz, 21, é alérgica a mofo, ácaro, poeira, pelos de animais, além da alergia alimentar a frutos do mar, tomate e crustáceos. Todas, de caráter hereditário, foram descobertas quando ela ainda era bebê, com tratamento sendo feito com medicamentos.

"Tenho que manter o ambiente que eu moro sempre limpo, tenho que ter cuidado com a minha alimentação, porque além das coisas que eu já sou naturalmente alérgica, existem muitos alimentos que desencadeiam a alergia com mais facilidade", conta Nicole.