Apesar do aumento de adeptos de esportes, em 2021 o Brasil ainda figurava como a nação que menos se exercitava, conforme estudo divulgado na época pelo Instituto Ipsos. Pesquisa usou dados colhidos entre 25 de junho e 9 de julho daquele ano e ouviu mil brasileiros, entre 16 e 74 anos.
Mais da metade dos brasileiros entrevistados (53%) disseram que gostariam de praticar mais esportes. 32% alegaram não conseguir por falta de tempo e 21% destacaram não ingressar em um modalidade por falta de dinheiro.
Embora existam modalidades mais democráticas, como o futebol, queridinho dos brasileiros, outras requerem planejamento financeiro. É o caso do beach tennis, que cresceu exponencialmente no Brasil.
Conforme a plataforma TecnoFiti, as aulas particulares podem custar de R$ 50 a R$ 100 por hora. Para usufruir do espaço da quadra as pessoas podem pagar entre R$ 70 e R$ 120 por hora.
Niely Lopes, 36, começou a praticar o esporte em agosto e, além de participar de aulas, costuma alugar uma quadra. "Eu acho que o beach tennis é um esporte caro, ele pesa realmente no bolso. Se a pessoa não tem tempo e não tem dinheiro, realmente é uma barreira", diz a gerente, apontando em contrapartida que há práticas de menor custo.
De acordo com o educador físico Alysson Breno, pensar na questão financeira é um dos primeiros passos. "Não adianta encaixar uma modalidade que não cabe no seu orçamento", pontua.
Em relação ao tempo, o instrutor Fábio Félix destaca que as pessoas têm realidades diferentes, às vezes com jornadas prolongadas de trabalho ou cuidados com a família.
"Tem todo um contexto em que ela precisa dar atenção a uma série de coisas." Ele recomenda gestão de tempo para encaixar exercícios na rotina.