O disparo do número de praticantes de esportes começou a ficar mais evidente durante a pandemia, conforme pesquisa divulgada pelo Google em 2021. Estudo, que usou informações da Sport Track (ferramenta de software), foi feito com duas mil pessoas e realizado entre 24 e 26 de novembro de 2020.
Conforme levantamento, entre março e novembro do ano de coleta dos dados houve um aumento do interesse de brasileiros por esportes como ciclismo ( 144%) e natação ( 230%). Já no período pós-pandêmico, o fim do isolamento social levou ao disparo do número de praticantes de corridas de rua.
Quem aponta a ligação é o educador físico Alysson Breno, diretor da B6 Assessoria Esportiva — situada em Fortaleza. De acordo com o profissional, após a crise sanitária houve um aumento de adeptos de atividades físicas, em especial do número de pessoas que têm aderido a corridas de ruas.
Para o ultra maratonista, isso ocorreu em razão da pandemia ter servido como uma espécie de "alerta" sobre a importância da saúde, visto que pesquisas apontaram que o sedentarismo era um fator que colaborava no desenvolvimento de quadros mais graves da doença pandêmica.
Um desses estudos foi realizado por cientistas da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no periódico British Journal of Sports Medicine, em abril de 2021. Ensaio constatou que pessoas sedentárias podem desenvolver quadros mais graves da Covid-19, correndo maior risco de hospitalização.
Já para o psicólogo Paulo Milione, a prática de esporte e exercício físico depois da pandemia cresceu de forma "representativa". "[O aumento de atividades desportivas] se deve à necessidade que o ser humano tem de se relacionar com os pares, tendo uma manutenção das relações sociais", avalia.