Vários estudos já evidenciaram que homens negros têm maior probabilidade de serem diagnosticados com câncer de próstata. Essas pesquisas indicam, inclusive, que a doença nessa população apresenta uma progressão mais agressiva.
Conforme o urologista Osei Akuamoa, os motivos por trás desse quadro estão ligados a questões de genética e biológicas, como também fatores imunohistoquímicos.
"No Brasil, embora faltem dados específicos por raça, a probabilidade de diagnóstico é 70% maior entre homens negros, e o risco de óbito é mais do que duas vezes superior ao observado em pacientes de origem caucasiana", afirma. O Dr Osei também aponta a falta de acesso a um tratamento adequado como um fator de contribuição.
"Isso resulta na sua progressão para estágios avançados, com metástases, redução significativa da qualidade de vida e aumento da mortalidade. É fundamental ampliar o acesso a serviços de saúde, promover campanhas de conscientização e implementar programas de rastreamento populacional, especialmente em comunidades vulneráveis", reforça.