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IA na saúde: avanços e desafios para regulamentação
Ciência e Saúde

IA na saúde: avanços e desafios para regulamentação

|Transformação|Novas tecnologias na saúde transformam formas de diagnóstico e tratamento, mas exigem estratégias
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A IA é um tópico de discussão após o aumento da popularidade de ferramentas como o ChatGPT (Foto: Adobe Stock)
Foto: Adobe Stock A IA é um tópico de discussão após o aumento da popularidade de ferramentas como o ChatGPT

A Inteligência Artificial já é uma realidade na tecnologia hospitalar. Diferente de anos anteriores, quando os lançamentos na área eram considerados tendências, neste ano, durante a feira Hospitalar 2025, realizada em São Paulo, foi mostrado o que já é real.

A médica Waleska Santos, presidente e fundadora do Hospitalar Feira e Fórum, relata que o evento tem testemunhado transformações profundas no setor de saúde, com revoluções tecnológicas que aprimoram os diagnósticos, os tratamentos e a gestão hospitalar. "Nesse meio tempo, a inovação tornou-se a palavra de ordem, e a colaboração entre os diferentes elos da cadeia da saúde nunca foi tão essencial", comemorou.

A infraestrutura médica e hospitalar tem se transformado rapidamente, atraindo empresas nacionais e internacionais. A Head de Portfólio da Informa Markets, Juliana Vicente, afirma que isso é comprovado pelo aumento da participação de companhias durante o evento. "Este ano, tivemos mais de 900 palestrantes, reunindo mais de 80 mil profissionais de 55 países e 1.272 marcas expositoras. São números impressionantes, mas que fazem jus a um setor que emprega mais de 4,5 milhões de profissionais no Brasil", destacou.

Apesar desses avanços, ainda há uma luta significativa pela regulamentação de novas tecnologias. Uma das discussões se centra na aplicação da IA na saúde, considerando seus riscos e benefícios. O debate político sobre inovações e a segurança dos pacientes ainda não chegou a um consenso.

Durante a Hospitalar, o deputado Ismael Alexandrino (PSD) enfatizou a necessidade de "descontaminar" o debate público sobre inteligência artificial, que muitas vezes se concentra nas redes sociais. Ele defendeu a priorização de discussões estruturadas sobre seu uso na área médica. O deputado ressaltou a importância de uma regulamentação que assegure princípios como segurança, ética e proteção de dados, destacando a relevância do diálogo entre especialistas, academia e o poder público.

O Congresso Nacional terá que aprofundar o assunto. O deputado Pedro Westphalen defendeu a realização de audiências públicas sobre o tema e reconheceu o papel da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED) como ponte entre a indústria, os especialistas e os formuladores de políticas públicas.

A proposta da ABIMED, com o painel, foi estimular esse diálogo qualificado entre o poder público e a indústria, com o objetivo de contribuir para a construção de políticas públicas que promovam o uso ético e seguro da IA em benefício de todo o ecossistema de saúde no Brasil. Todas as questões relacionadas aos avanços tecnológicos levantam a discussão sobre os caminhos para o financiamento da saúde.

*A jornalista viajou a convite da Informa Markets

 

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