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Pacientes precisam entender a doença
Ciência e Saúde

Pacientes precisam entender a doença

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Tipo Notícia

A diretora do CIDH, Cristina Façanha, realmente confirma que as mudanças na alimentação são, muitas vezes, a parte mais difícil, já que mudar hábitos de uma vida inteira não é fácil, especialmente quando a alimentação anterior não era saudável.

"O tratamento do diabetes não depende apenas de o médico prescrever um remédio e o paciente tomá-lo, mas sim de a pessoa entender o que está acontecendo e do ajuste dos medicamentos ao seu estilo de vida. É necessário que haja um 'encontro de contas' sobre até onde a pessoa consegue mudar", afirma.

Para ela, o principal pilar do tratamento é a educação e o "empoderamento" do paciente sobre sua doença, já que ele precisa saber o que os remédios fazem e porque precisa de três medicamentos e não apenas um, ou porque precisa de insulina em vez de comprimidos.

"Informe-se e entenda o que está acontecendo, sabendo o que precisa ser feito. O maior interessado em cuidar da sua saúde é você mesmo. Pergunte, saiba como, quando e onde, e tente ajustar o tratamento ao seu estilo de vida da melhor forma possível, buscando uma condição saudável que equilibre seu diabetes. Quando não der certo, volte à sua equipe de saúde", aconselha.

Hoje, a alimentação de Paulo Roberto consiste em um ovo cozido com uma fatia de pão integral no café da manhã. No almoço, ele come três colheres de arroz, três de feijão e bastante verdura. Nos lanches, uma fruta, e à noite, às vezes um terço de abacate com uma fatia de pão integral, ou duas colheres de arroz com um pouco de feijão.

"Tudo sempre sem exagero. Aos finais de semana, quando saio com meus filhos, às vezes acabo comendo uma pizza ou um sanduíche. Os médicos dizem que a postura de proibir totalmente não funciona, pois temos vida social. As pessoas acham que o diabetes é só sobre doces, mas não é", comenta.

Ele lembra que o acompanhamento médico é fundamental e que é necessário seguir as orientações do médico e procurar um nutricionista para não ter complicações.

"Não adianta brincar; a regularidade no tratamento é essencial. No início do diagnóstico, tive um emagrecimento muito grande, parecia um esqueleto, e não era tanto pelo diabetes em si, mas pelo medo de comer. É fundamental não ficar sem comer, mas sim seguir a dieta correta", finaliza.

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