Ana, Cláudia, Débora, Kátia, Lúcia, Miriam, Célia, Sandra, Neila, Norma e Fábia. Elas fazem parte do "Jazz 50 +" , grupo de mulheres comandado pela professora Ana Sanford, pioneira nessa modalidade, em Fortaleza, para mulheres maduras.
A bailarina, pedagoga e psicopedagoga tem mestrado em Dança e Autismo, e criou o primeiro grupo de Jazz 50 + em 2013. De lá para cá, ela tem acumulado experiências e oferecido momentos prazerosos de leveza e descontração através da dança para vários tipos de público.
Na sala de aula, Ana lembra o quanto o jazz (dança) oferece uma relação prazerosa com o nosso corpo, permitindo uma melhora da autoestima, com exercícios para funções cognitivas: memória, espacialidade, força e equilíbrio, além das sensações de prazer e bem-estar. "Dança é alegria", acrescenta.
Desde agosto deste ano, a professora retomou essa trajetória do "Jazz 50 +" na Academia Michelle Fontenelle. O grupo, com onze mulheres (até agora), possui vários perfis, mas todas elas têm uma coisa em comum: o gosto pelo movimento e a busca por mais saúde.
Quem se aventura a requebrar diante do espelho provavelmente vai se deparar com uma grata surpresa: você pode mais e um pouquinho mais a cada momento que aprende novos movimentos.
O jazz também utiliza passos do balé clássico, como o "pas de bourrée" (que consiste de três movimentos: um passo para o lado, um cruzar de pernas e outro passo para o lado, geralmente em meia-ponta). As aulas, realizadas duas vezes por semana, não possuem restrição de idade.
Os movimentos adaptados para um público mais maduro são embalados por clássicos do pop dos anos 1970 e 1980, lembrando as antigas aulas de "dança moderna" que alegraram as adolescentes daquele período.
Com essa química entre som e movimento, a turma se entrega à diversão, motivada ainda pela professora com suas palavras de ordem: "soltem a loba!". Depois dessa experiência, só resta contar o segredo: a vontade de sair uivando para a lua. (Neila Fontenele)