A experiência com a descoberta do câncer de mama é individual, mas muitas mulheres ainda compartilham a mesma realidade: são mães e estão sobrecarregadas com as responsabilidades de cuidar dos filhos, do relacionamento, da casa e do trabalho.
Com Elizmar Souza não é diferente. A técnica de enfermagem, de 54 anos, foi diagnosticada em 2019 com câncer de mama. O tratamento foi focado na quimioterapia e na retirada das mamas, e mesmo com respostas positivas, o medo, a angústia, a incerteza, a ansiedade, o cansaço e a vulnerabilidade se mantiveram presentes. "A gente sofre em silêncio. É uma luta grande, mas tive que ter força e coragem", afirma.
Para Andrêina Barbosa, psicóloga especialista em oncologia (ICC) e em psicologia hospitalar, a mama está diretamente atrelada à identidade da mulher: "Lidar com essa perda é o principal desafio. A paciente precisa ressignificar muitas coisas".
"A psicoeducação e a educação em saúde são fundamentais nesse processo. O social impacta muito o psicológico".(Colaborou Gabriele Félix)