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Torres coletam alterações do clima na Amazônia e Cerrado
Ciência e Saúde

Torres coletam alterações do clima na Amazônia e Cerrado

Torres coletam dados de alta precisão sobre níveis de carbono e variáveis meteorológicas
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FutureCom na sua 30ª edição (Foto: Acervo pessoal )
Foto: Acervo pessoal FutureCom na sua 30ª edição

A Amazônia e o Cerrado ganharam novos programas de monitoramento climático. A iniciativa foi apresentada pelo professor e pesquisador da Universidade Federal de Brasília (UnB), Renato Borges, membro sênior do IEEE, durante um painel no Futurecom, evento realizado em São Paulo.

 

Para esse monitoramento, foram instaladas torres de fluxo visando a coleta de informações sobre os processos químicos e físicos do meio ambiente e análises de solo, clima e vegetação. Inicialmente, estão sendo estudadas as áreas preservadas, mas a tendência é de acompanhamento também dos centros urbanos.

Instaladas em áreas críticas, as torres coletam dados de alta precisão sobre níveis de carbono e variáveis meteorológicas, além de dados colhidos através de satélites. Todas as informações são processadas em supercomputadores com apoio de arquiteturas escaláveis e modulares de alto desempenho (HPC), capazes de lidar com grandes volumes de informações ambientais.

A proposta é construir uma infraestrutura robusta, com uso de big data para dar suporte a análises complexas, modelagem preditiva e simulação de cenários climáticos. Renato Borges explica que o objetivo é construir uma base de dados para análises e auxílio na tomada de decisões de governos.

A plataforma de informações inclui dashboards (painéis de controle) interativos e a visualização dos referidos dados, além de compartilhar informações com outros sistemas, garantindo acessibilidade e integração. Assim, é possível a detecção de anomalias ambientais e o monitoramento em larga escala em tempo real, com a produção de relatórios que orientam políticas públicas e práticas sustentáveis, como reflorestamento e agricultura de baixo carbono.

"O projeto é uma ferramenta poderosa que une observações ambientais, computação avançada e modelagem baseada em sistemas", acrescenta. A base de dados ajudará na análise de riscos e permitirá o acompanhamento de indicadores ambientais. A ideia futura é estender esse monitoramento para vários biomas e fronteiras agrícolas.

O projeto conta com cooperação internacional e financiamento público da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). As unidades de monitoramento possuem torres e sensores com uma interface de dados para se comunicar com o sistema de satélites Perception. O professor ressalta a importância das torres para garantir confiabilidade nos dados.

As áreas de atuação do projeto incluem torres de captação na Floresta Amazônica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no contexto do Programa LBA.

 

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