Novas técnicas apresentadas em 2025 no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), o principal congresso mundial de oncologia, indicam que o diagnóstico do câncer de próstata caminha para ser mais seletivo e menos invasivo. O uso de biomarcadores urinários e genéticos para selecionar quem deve fazer o PSA está ganhando espaço.
Eles ajudam a identificar quem realmente tem indícios de um problema prostático e se beneficiaria mais do rastreamento, além de distinguir tumores agressivos de lesões indolentes que podem ser manejadas apenas com a vigilância. Essa observação ativa, inclusive, também tem mudanças: há novos estudos mostrando como a ressonância magnética combinada ao PSA aumenta a segurança do monitoramento e diminui a frequência de biópsias, realizadas pela uretra ou pelo reto, o que gera incômodo e dor.
"O futuro é selecionar melhor quem deve ser rastreado e tratado. Estamos caminhando para deixar a detecção mais simples e barata, além de entender melhor também os marcadores genéticos do tumor depois da biópsia", analisa Ariê Carneiro. "Estamos chegando mais perto de acompanhamentos mais efetivos e eficazes no uso dos recursos públicos. Tudo isso combinado com a precisão dos tratamentos, incluindo a cirurgia robótica, poderá nos levar a ter uma revolução na melhora da qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes." (Agência Einstein)