Desenvolvido pela estudante Verônica Marques, 19, e por equipe de Joana D'Arc Félix de Sousa, o cimento ósseo feito a partir de resíduos do curtume custa apenas 0,03% do valor de produto semelhante vendido atualmente no mercado. Enquanto o material da pesquisa sai por R$ 0,29/kg, o cimento ósseo tradicional chega a custar R$ 800/kg. Estudo utilizou colágeno proveniente de restos de couro e hidroxiapatita de escamas de peixe.
Verônica conta que projeto foi desenvolvido devido ao alto número de acidentes automobilísticos que causam perda óssea. Produto criado ajuda na reconstituição de ossos em caso de fratura e auxilia em transplantes. Segundo ela, o cimento ósseo pode ser utilizado nas áreas de traumatologia, ortopedia, cirurgia plástica, ortodontia, parodontologia, implantologia oral e odontologia proteica.
"O cimento que é utilizado hoje além de ser muito caro não é compatível com o corpo humano", aponta a estudante. O produto da pesquisa apresentou propriedades como biocompatibilidade, bioatividade, osteocondutividade, maior resistência mecânica, pH neutro, ausência de toxicidade, ausência de características alergênicas e cancerígenas. Isso permite que, após colocado no corpo, não seja necessária a retirada, já que as substâncias serão pouco a pouco absorvidas a medida que o corpo produz novamente o osso.
O projeto recebeu dez prêmios nacionais e internacionais. Entre eles, 2º lugar no Prêmio ESEG (escola superior de engenharia e gestão), 1º lugar no Benchmarinkg Brasil, 1º lugar na categoria ciências biológicas da Mostra Paulista de Ciências e Engenharia(MOP) e 4º lugar na Genius Olympiad, em New York.