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Peixes são ricos em ômega-3 e muito mais
Ciência e Saúde

Peixes são ricos em ômega-3 e muito mais

Incluir o peixe na dieta traz benefícios que superam o sabor. O consumo de pescados pode reduzir o risco cardiovascular e inflamações
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Quando as propriedades dos peixes são postas à prova, o ômega-3 ganha destaque. O ácido graxo é um dos aliados no combate a doenças cardiovasculares e ainda tem poder anti-inflamatório. Essas características conferiram à substância notoriedade entre quem busca os benefícios de uma alimentação saudável. Por ser uma das principais fontes de ômega-3, os peixes também se fortaleceram com essa qualidade.


Mas não são todas as espécies que são ricas da substância. A nutricionista Carla Soraya Costa Maia, professora de Nutrição da Universidade Federal do Ceará (Uece), explica que o ômega-3 é encontrado na gordura dos peixes. E, por isso, para alcançar os níveis satisfatórios do ácido graxo, é preciso que o pescado também tenha bons níveis de gordura.


“Os peixes que vivem em águas mais geladas são os que acumulam mais essa gordura e, consequentemente, têm mais ômega-3. Isso não é comum na costa brasileira, por exemplo”, explica. Entre as opções ricas da substância estão o atum e o salmão, que são peixes importados. Mas a sardinha, que é comum no País, pode ser uma boa opção para quem busca enriquecer a dieta com esse ácido graxo. Fresca, de preferência.


O nutricionista Filipe Brito, professor de Nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor), diz que a dieta padrão dos brasileiros é rica em outro ácido graxo, o ômega-6. Esse, diferentemente do ômega-3, facilita os processos inflamatórios. A substância é encontrada, basicamente, em óleos de origem vegetal. O ideal, segundo o especialista, seria reduzir o consumo dessa substância e aumentar a ingestão de ômega-3. De novo, a busca de equilíbrio.


Ele defende que, para alcançar os benefícios para a saúde cardiovascular e reduzir os processos inflamatórios, não é necessário só ampliar o consumo de ômega-3 dos peixes. “É importante também reduzir a ingestão de ômega-6, que está nas frituras”, explica o professor.


Outras vantagens

Quando comparado com outras alternativas da mesa do brasileiro, os pescados conseguem se mostrar como uma opção saborosa e também nutritiva. A quantidade de vitaminas que um peixe cozido, por exemplo, oferece a uma pessoa é muito superior que a carne bovina ou até mesmo o frango.

 

Os peixes são ricos nas vitaminas D (fortalece o sistema imunológico), E (boas condições cardiovasculares) e A (boa para a manutenção da pele e da função imunológica). O alimento também tem boas quantidades de cálcio, que ajuda no fortalecimento dos ossos, além de ser pouco calórico.


De acordo com Filipe Brito, o alimento é versátil e consegue se adequar bem às dietas, seja aquelas que objetivam o emagrecimento ou com outras finalidades. “A maioria dos peixes é magra, tem pouca gordura e propicia essa sensação de alimento mais leve. Isso porque os peixes garantem um esvaziamento gástrico mais rápido”, explica. (Rômulo Costa)

 

CUIDADOS


O Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, recomenda o consumo de peixes frescos ou minimamente processados.


Alimentos processados, como peixe em conserva, podem até ser consumidos, mas com cautela. Já os ultraprocessados, a exemplo dos peixes empanados (nuggets), devem ser evitados.


Segundo o guia, os ultraprocessados têm composição nutricional desbalanceada. São ricos em gorduras e açúcares, além de ter quantidades excessivas de sódio.

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