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As drogas que vieram depois do Viagra
Ciência e Saúde

As drogas que vieram depois do Viagra

| NOVAS DROGAS | A duração do Viagra é menor do que de outros comprimidos, mas a pílula continua sendo preferida. Existem várias causas da disfunção erétil
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Depois que o Viagra foi aprovado pela Food an Drug Administration - FDA, agência sanitária estadunidense equivalente à Anvisa no Brasil, em 1998, outras drogas inibidoras da osfodiesterase-5 também surgiram. São o Levitra (vardenafila), da Bayer; e o Cialis (tadalafila), da Eli Lilly. O Ciales é o mais famoso. Enquanto a molécula do Viagra, a sildenafila, tem cerca de 4 a 5 horas de duração na corrente sanguínea, a do Ciales, a tadalafila, permanece entre 24 e 30 horas.


“É um produto que tem o atrativo de você não precisar marcar hora para fazer amor. Isso causa um certo conforto ao casal”, ressalta o coordenador do Departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, Eduardo Bertero. Ele explica que o mecanismo de ação dos medicamentos é o mesmo e os modos de ação são idênticos, diferenciados apenas por moléculas. E mesmo com menor tempo de duração, o Viagra, conforme o médico, ainda é o mais utilizado. Já foram registradas mais de 65 milhões de prescrições do medicamento.

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E as contraindicações, de acordo com o especialista, são poucas.

“Não há contraindicação em usar com álcool ou tabagismo. E a ereção prolongada indesejável é muito rara, pode acontecer quando se usa com cocaína ou uma droga alucinógena. Com muita bebida alcoólica diminui o efeito porque o álcool inibe o hormônio antidiurético, então reduz a concentração no sangue”, detalha Eduardo. O médico ressalta: o homem que tomar o remédio e não efetivar o ato sexual não terá uma ereção involuntária. “Essa é uma das belezas do Viagra. Precisa de estimulação erótica, o que deixa o pênis ou a relação sexual normal”.


É importante, porém, antes de tomar o Viagra ou outro medicamento similar saber a razão da disfunção erétil apresentada. Pode ser uma causa psicológica ou orgânica. Esta última apresenta ainda cinco pilares, de acordo com o urologista do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco, Dimas Antunes. “Pode ser uma causa orgânica vasculogênica, hormonal, neurogênica, tecidual ou medicamentosa. Os problemas arteriais podem responder por até 40% das causas de disfunção erétil”, detalha. (Sara Oliveira)

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