Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, 90% dos pais ou responsáveis das crianças e jovens utilizam a internet quase todos os dias. Com o uso crescente desde 2014, quando o índice era de 44%, as ferramentas de controle parental surgiram no mercado e possibilitaram que os responsáveis acompanhassem os filhos nas plataformas online.
A professora do Instituto de Cultura e Arte da UFC Deborah Christina Antunes comenta que muito mais do que o controle, a educação é papel familiar e deve ser vista como uma prioridade em casa. "É importante que os familiares e responsáveis pelas crianças e jovens se informem sobre o modo como a internet opera, incluindo as diversas redes sociais tão utilizadas por eles, como o Facebook, Instagram e Youtube."
Fabiana Lima, 31, é mãe de duas meninas, uma de 11 anos, Sofia, e outra de 4 anos, Catarina. Elas utilizam o antigo celular da mãe para ter acesso à internet. Fabiana conta que conheceu o controle parental por meio da indicação de uma mãe em grupos online, como o Facebook. "Indicaram o Google Family, entrei, pesquisei sobre ele e instalei logo quando dei o celular para elas."
A artista plástica defende uma relação de sinceridade na hora de controlar o uso da internet pelas filhas. "Sempre digo até que, antes de fazerem algo (na internet), pensem se eu iria gostar." Segundo a mãe, a mais velha utiliza o celular para vídeos, fotos e interações em aplicativos sociais, como o WhatsApp. Já a mais nova utiliza para assistir desenhos online.
Ao navegar na internet, o acesso a conteúdos falsos ou impróprios pode ser evitado. Em cartilha, o portal Internet Segura reúne iniciativas de conscientização sobre o uso responsável da internet para pais ou responsáveis.
Dentre as dicas, está o estímulo ao diálogo e a utilização do controle parental como uma ferramenta complementar, e não substituta, à mediação dos pais. O próprio uso da internet pelos responsáveis costuma ser a primeira referência comportamental das crianças e é natural que elas copiem seus hábitos e atitudes.
Estabelecer regras para o uso também é necessário, como só permitir o uso após fazer a lição de casa ou determinar horários de acesso. É importante que essas regras sejam previamente combinadas e justificadas, respeitando as necessidades da criança e preservando a sua saúde física e mental. (Marília Freitas)