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Cloroquina: uso para Covid-19 ainda aguarda evidências científicas
Ciência e Saúde

Cloroquina: uso para Covid-19 ainda aguarda evidências científicas

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Envolvidas em polêmicas, após serem citadas pelos presidentes norte-americano e brasileiro, Donald Trump e Jair Bolsonaro, a cloroquina e a hidroxicloroquina ainda não passaram por testes que comprovem a eficácia no tratamento de Covid-19. Por isso, Valdiléa Veloso, diretora do INI/Fiocruz, alerta que, assim como todos os medicamento tem efeitos colaterais, as drogas podem levar a alterações coronarianas.

“Já temos mortes registradas, (após o início da pandemia) por intoxicação por cloroquina. Não usem e não comprem cloroquina para prevenir ou tratar (Covid-19). Apenas médicos com pacientes graves poderão avaliar se o medicamento pode ser adequado para o tratamento desse paciente”, aponta.

Em pronunciamento, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, também reforçou que “indivíduos e países se abstenham de usar terapêuticas que não demonstraram ser eficazes no tratamento do Covid-19”.“Nós devemos seguir a evidência. Não há atalhos. Também precisamos garantir que o uso de medicamentos não comprovados não crie escassez desses medicamentos para tratar doenças para as quais eles se mostraram eficazes”, disse, em referência a desordenada compra de cloroquina que desabasteceu as farmácias e tornou difícil o acesso para pessoas que usam a droga em tratamento já comprovados.

O secretário de Ciência e Tecnologia de Insumos, do Ministério da Saúde (MS), Denizar Vianna de Araújo, também indicou que o uso da droga seja restrito. “ Eu quero fazer um pedido à população: não usem esse medicamento (cloroquina) foram do ambiente hospitalar, porque não é seguro”.

Atualmente, a uma indicação do MS para uso em hospitais, após interpretação médica, de forma conhecida como off label, quando a indicação de profissional assistente diverge do que consta no manual de uso do material.

 

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