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Pesquisadores da USP desenvolvem vacina contra Covid-19
Ciência e Saúde

Pesquisadores da USP desenvolvem vacina contra Covid-19

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Com uma emergência global imposta, as farmacêuticas em todo mundo vivenciam uma corrida em busca de encontrar a vacina que irá poder imunizar parte da população contra o novo coronavírus. O prazo estimado é de 12 a 18 meses até que se chegue a uma vacina. No Brasil, os estudos são encabeçados por pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).

A estratégia utilizada é diferente da adotada por indústrias farmacêuticas, que têm usado moléculas sintéticas de RNA mensageiro (mRNA) para induzir o sistema imunológico a criar anticorpos. No caso da pesquisa brasileira, é fundamentada no uso de partículas semelhantes a vírus (VLPs, na sigla em inglês de virus like particles), mas que não tem material genético do vírus e que por isso acredita-se que é mais segura. Aos VLP são associados antígenos, feitos por meio da identificação de regiões da estrutura do vírus que interagem com as células humanas.

"Neste momento, em que estamos lidando com um vírus pouco conhecido, por questões de segurança, é preciso evitar inserir material genético no corpo humano para evitar eventos adversos, como multiplicação viral e possivelmente reversão genética da virulência. Por isso, as formas alternativas para o desenvolvimento da vacina anti-Covid-19 devem priorizar, além da eficiência, a segurança", ressaltou Gustavo Cabral, pesquisador responsável pelo projeto, em entrevista à Agência Fapesp.

Após ser testada em camundongos e com a eficácia comprovada, a vacina deve ter o desenvolvimento acelerado a partir de colaborações com outras instituições de pesquisa. A estimativa é que esteja pronta em mais alguns meses. (Domitila Andrade)

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