O Aedes aegypti é responsável por transmitir três arboviroses de grande impacto no Ceará: a dengue, a zika e a chikungunya. De 2008 a 2017, o Estado passou por quatro epidemias de dengue (2008, 2011, 2012 e 2015), a de zika em 2015 e a de chikungunya em 2017. Quem enumera é o gerente da Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima.
Em 2008, o sorotipo 2 da dengue foi predominante. Seis a cada 100 mil cearenses tiveram a doença. Lima conta que a incidência colapsou o sistema de saúde apesar da baixa letalidade. Até a primeira quinzena de maio daquele ano, o Estado registrou 17.384 pessoas infectadas e nove mortes por dengue hemorrágica. Os anos de 2011, 2012 e 2015 também foram significativos, com predominância dos tipos 1, 4 e 1. Foram pelo menos 30 mil casos em cada ano.
Quanto às epidemias de arboviroses mais recentes, Lima indica que, em 2015, 42 crianças nasceram com microcefalia decorrente do zika vírus em Fortaleza. Já entre 2016 e 2017, pelo menos 60 mil casos de chikungunya foram registrados no Estado.