
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
Partida aos 99 de uma das rainhas da sociedade carioca, Evinha Monteiro de Carvalho, valeu apanhado muito concernente de Lu Lacerda em O Globo, que pincelei, certo de que os leitores desta coluna nada terão a perder. Vamos lá:
Era o ano de 1940, Eva Bugge, uma linda loira de 1,76m, filha de noruegueses, circulava pelas ruas do Rio em seu carro conversível, grande ousadia para a época (mulher nenhuma fazia isso) que lhe valeu o apelido "Eva Baratinha". Solteira por pouco tempo, veio a conhecer o então jogador de polo Joaquim Monteiro de Carvalho, o Baby; a paixão foi exaltada pela sociedade inteira, pelo espírito e pela beleza de ambos, casaram-se.
Eram os primeiros passos do casal que trouxe esplendor à sociedade carioca por décadas e décadas, representantes de um Rio glamoroso, sofisticado, elegante e com uma certa irreverência. Era uma anfitriã sem rival, fosse num jantar ou nas missas de Natal que promovia desde jovenzinha, ampliadas com o passar dos anos.
Na década seguinte, durante o governo de Juscelino Kubitschek, Baby, engenheiro formado na Suíça, criou a indústria automotiva no Brasil, com a instalação da Volkswagen. Foi então que o casal comprou um apartamento em Paris, na Avenue Montaigne, como pouso-base para facilitar a vida dele, cheio de negócios na Europa.
O casal teve cinco filhos, na gravidez do último, no fim da década de 1950, Evinha sofreu um grave acidente de carro, em Santa Teresa, tendo ao volante o marido. Seu rosto foi reconstruído, com mais de 150 pontos, por um então cirurgião em ascendência, Ivo Pitanguy.
Ela ficou com uma ligeira diferença entre os olhos, mas que não mudou sua visão da vida; o detalhe em nada atrapalhou seu jeito de ser, livre de preconceitos. E a paixão pela família, pelas escolas de samba, pelo mar e pelos esportes (adorava jogar tênis e caminhava pelo calçadão de Copacabana inteiro ao lado do motorista e amigo Ivan) continuou intacta.
Sérgio Francisco, neto, estabeleceu: Ela era louca pelo Rio, apesar de sofrer demais com a impontualidade carioca. Foi muito importante na vida empresarial do meu avô, mas sempre se divertindo: quando íamos ao Regine's, o difícil era tirá-la da pista de dança.
Entre as casas pelo mundo, além da propriedade de Santa Teresa, suas preferidas eram uma em Cap Ferrat, na França; uma ilha em Itacaruçá; e outra casa em Petrópolis.
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