As redes sociais já estão configuradas e estabelecidas como fonte de  circulação de notícias. Nelas, uma das principais características é a  participação dos leitores. Em grande parte, esta participação dos  usuários se configura em críticas feitas com pouca eficiência a partir  somente de visão particular. Porém, mesmo assim, é necessário prestar  atenção nesta participação, que, muitas vezes, tem sua razão de ser. 
Na terça-feira passada (29/8), uma leitora acionou a ouvidoria chamando atenção para os comentários de uma postagem feita no Instagram do O POVO.
 “Veja os comentários de uma postagem do O POVO no Instagram sobre roubo de dois celulares na Bahia. Cada dia O POVO escreve mais errado. Sem falar que as matérias parecem ser  publicadas por falta de notícia. As informações são incompletas”. Após  ser alertada pela leitora, fui verificar a postagem naquela rede social.  De fato, a matéria não estava redigida de forma clara; havia algumas  lacunas. Os leitores demonstravam insatisfação com o texto e comentavam:  “Que redação péssima!!!!”; “A matéria tá (está) péssima mesmo. Não  entendi nada”. 
“Redação confusa”.
 
 Após constatar a procedência da reclamação dos leitores, enviei  imediatamente um comentário interno para a Redação. Logo após, recebi  retorno informando que a postagem havia sido retirada para ajuste. A  iniciativa de deletar o texto foi apropriada, mas é necessário olhar com  pouco mais de atenção ao fazer a edição de matérias nas redes sociais.  Facebook, Twitter, WhatsApp e Instagram facilitaram a publicação de  notícias e potencializaram o alcance delas. Porém deve-se evitar que os  conteúdos cheguem aos usuários de forma incompleta, confusa e errada.
 
 O POVO tem milhares de seguidores em suas diversas plataformas. 
Basta dizer que a página no Facebook reúne mais de um milhão de seguidores e mais de 300 mil no Instagram. É dever mantê-los bem informados. Para muitos, seguir estes canais é a principal forma de ter acesso à informação de qualidade e de forma rápida. Este é um desafio: condensar dados em texto curtos - como deve ser no Instagram - sem esquecer que eles precisam ser informativos, claros e corretos. O que está em jogo é manter a credibilidade conquistada pelo O POVO ao longo de seus 89 anos de existência.
 COLUNAS, APURAÇÃO E RELEASE 
 “As colunas do O POVO se caracterizam por conter informações de  bastidores, notícias curtas ou análises e opiniões dos colunistas... As  informações dadas nas colunas devem passa pelo procedimento básico de  checagem”. O texto acima consta nas ‘Normas jornalísticas do O POVO’ no  Guia de Redação e Estilo, mas parece que os colunistas estão esquecendo  como proceder. No domingo passado (27/8), por exemplo, leitor estranhou a  nota “Primeiros da fila”, do coluna Alan Neto. Nela o colunista  apontava três secretários que seriam os melhores do Governo do Estado.  “Quem avaliou? Quais são esses resultados?”, questionou. 
De fato, a nota  não deixava claro se era opinião do colunista ou fruto de alguma  pesquisa. Ele pode dar opinião, como bem estabelece o Guia, mas não  devia deixar margem de dúvida para o leitor.
 
 Já na terça-feira passada (29/8), uma nota, com o título “Turismo em  crescimento”, publicada na coluna Adriano Nogueira me chamou a atenção. A  impressão era de que havia lido algo igual. Fui em busca na rede e  descobri que a nota era uma cópia na íntegra de um press release da  assessoria de imprensa do Governo do Estado. O material enviado por  assessoria deve servir de ponto de partida para notas e matérias. Não  pode ser copiado e colado. Coluna no O POVO não deve funcionar como  extensão de assessoria de imprensa. Convém, antes de publicar a nota,  que as informações sejam checadas. O mínimo a fazer é reescrever o  texto, para não ter o constrangimento de ser apontado e confundido como  porta-voz de órgão público.
 INFORMAÇÃO NÃO CONSTOU 
 Uma das grandes falhas que o jornalismo pode cometer é dar informação  pela metade. Na quinta-feira passada, tivemos um caso. A manchete do O  POVO informava: “Ceará ultrapassa 9 milhões de habitantes”. Logo abaixo  informava destacado em vermelho: “População de 23 municípios no Estado  fica menor” (ver fac-símile). O leitor que procurou a matéria induzido  pela manchete principal do jornal não recebeu a informação completa. Na  matéria, que estava publicada na página 4, ele só ficou sabendo os nomes  de 10 municípios dos 23 citados na capa. Estava em um quadro publicado  no conteúdo.
 
 Naquele caso específico, a matéria não entregou em sua completude aquilo  que deveria ter. Só citar o número (23) não foi suficiente. O leitor  precisava saber os nomes dos municípios. Os dados mais completos sobre a  pesquisa de estimativa populacional divulgada pelo IBGE, com os nomes  das 23 cidades cearenses que diminuíram a população, sequer estavam no O  POVO Online. Fez falta.  
 PARA ACIONAR A OMBUDSMAN 
 Os leitores das diversas plataformas do O POVO podem entrar em contato  com a ouvidoria pelo WhatsApp (85) 988 93 98 07; por email  (ombudsman@opovo.com.br) e telefone fixo (3255 6181). O leitor pode  ainda visitar a ombudsman se necessário. Basta ligar e agendar.  
          Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.