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Professores e alunos contam histórias vividas no colégio Marista
Cotidiano

Professores e alunos contam histórias vividas no colégio Marista

Por unanimidade, o Conselho Estadual aprovou o tombamento definitivo do Colégio Marista Cearense. Prédio já havia conseguido proteção municipal. Professores e alunos compartilham histórias da escola
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Com turma formada em 1994, não tem um ano sequer que deixem de se reunir. Tanto que no início de 2015 comemoraram jubileu de porcelana, pelos 20 anos de término do 3º ano do Colégio Cearense do Sagrado Coração, mais conhecido como Marista Cearense. “Ao ouvir a palavra Marista me vem à cabeça uma sensação de família, amigos para a vida inteira”, celebra Vanduy Silva, 39. O prédio, que foi palco da turma do administrador e de tantas outras, foi oficialmente tombado pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) na manhã de ontem.


O equipamento já é preservado por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) que, desde janeiro de 2015, inscreveu o prédio no livro de tombamento de Fortaleza. Agora, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio (Coepa) decidiu, em votação unânime, pela preservação do prédio. “Compreendemos a importância do prédio, tanto pela qualidade da arquitetura, como pela representação que possui na memória e na história da educação no Ceará”, ressalta o coordenador de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secult, Alênio Carlos.


Desde dezembro de 2014, o prédio dá lugar ao Centro Universitário Estácio.


O professor de Filosofia Thiago Oliveira Braga, 35, estudou na escola de 1988 a 1999 e, entre 2003 e 2005, trabalhou lá como auxiliar de coordenação. “Minha lembrança mais antiga é que, na parte da alfabetização tinha um minizoológico, com arara, jabuti”, rememora ele e completa que o espaço verde era significativo e muito bonito. O sonho dos meninos do hoje chamado ensino fundamental 1, era subir de andar e assistir às aulas “como os grandes”, recorda.


Uma figura muito lembrada pelos ex-alunos do Marista é o irmão Urbano. “Era figura folclórica e foi diretor emérito. Ele era idoso e passeava pelos corredores para verificar se os alunos estavam de mãos dadas”, lembra Vanduy.


Flamarion Lopes, 68, foi professor de Matemática, ocupou a supervisão e foi membro da direção da escola de 1972 a 2000. “Lá (na escola) foi a minha verdadeira casa de formação. Ensinei, mas também aprendi muito”, rememora. Ele recebeu uma homenagem em 1993 e foi considerado filiado à congregação Marista. Como prêmio, viajou a Roma em 1993, para encontro com o então papa João Paulo II.


Professor aposentado, Apolônio Fernandes Neto, 72, lecionou disciplinas que já saíram da grade curricular: Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e Educação Moral e Cívica. “Fico muito feliz com o tombamento e me vem à cabeça uma fonte de água pura que tinha no colégio. Os alunos bebiam direto da fonte”, diz, com saudades.

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