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Técnica pode levar árvores à morte, por inanição
Cotidiano

Técnica pode levar árvores à morte, por inanição

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Em matéria publicada no dia 24 do último mês, O POVO divulgou a denúncia de moradores do bairro Parque Manibura sobre o anelamento de árvores — técnica que pode levar à morte das árvores. No trecho que explica como se dá o corte que causa inanição, houve uma imprecisão, como explica Augusto Cezar de Souza Menezes, engenheiro agrônomo que atua como assessor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).

 

“O anel feito na parte mais externa ou na casca da planta impede que o alimento chegue às raízes e não aos galhos, como diz a matéria. As raízes morrem por inanição e a planta também, pelo motivo de não receberem mais a seiva bruta das raízes”, detalha.


A técnica, conforme Menezes, é chamada de Anel de Malpighi, e tem esse nome devido ao biólogo italiano que a inventou. Em 1675, Marcello Malpighi estudava um experimento anelar na casca do caule da planta, para descobrir a função do floema (parte mais externa da planta) na alimentação das raízes. “Não quis Malpighi, com seu estudo, provocar crime ambiental ou morte de plantas”, ressalta o engenheiro.


Fotossíntese

Ele explica ainda que o deslocamento da seiva nas plantas é realizado por dois movimentos cíclicos vitais e contínuos: ascendentes e descendentes. No primeiro, as raízes recebem do solo a seiva bruta, que sobe para as folhas através do xilema (parte interna do caule). “Chegando às folhas, é realizado o processo de fotossíntese através da clorofila, que capta a luz solar e a utiliza como fonte de energia para transformar dióxido de carbono, água e sais minerais em alimento para a planta”, elucida. No descendente, a fotossíntese transforma a seiva bruta em seiva elaborada que vai alimentar toda a planta, inclusive as raízes. “Quando esta seiva elaborada se desloca pelo floema vai alimentar as raízes”.
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