Uma jovem alegre, que gostava de viver a vida. É assim que familiares descrevem Stefhani Brito, de 22 anos, que foi assassinada na noite do primeiro dia do ano, num crime que chocou moradores do Mondubim. Após matar a jovem, o homem, que ainda não foi preso, circulou de motocicleta por horas pelo bairro com o cadáver na garupa. Neste período, chegou a abordar uma menina de 12 anos, na calçada, para perguntar onde havia farmácia aberta. Fez parada também em uma borracharia. O corpo de Stephani foi encontrado na mesma noite às margens da Lagoa da Libânia, no Mondubim.
[SAIBAMAIS]A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por nota, que o caso está sob investigação da Polícia Civil. Para pessoas próximas à vítima, o autor do crime seria o ex-companheiro de Stefhani. Ele teria feito contato com a irmã dele, que, em seguida, ligou para a mãe de Stefhani. No telefonema, a mulher informou que o homem havia brigado com Stefhani, que a jovem foi agredida e deixada pelo bairro. “O irmão dela (Stefhani) viu nas redes sociais que haviam achado um corpo na lagoa e quando chegou no lugar confirmou que era a irmã”, disse um dos familiares da vítima.
Violência doméstica
A fonte reforça que Stefhani era vítima de violência doméstica. As torturas passavam por queimaduras com pontas de cigarro, com colher quente. A jovem chegou a se mudar para o Interior para se distanciar. “Isso, pra mim, é um psicopata, porque amor não é. Ele queimava com faca, com colher, com cigarros. Quando batia nela, ele amarrava para não gritar. Acredito que ela era ameaçada, pois, sempre que discutia, a gente pedia que ela não fosse encontrar (com o homem). E ela dizia que ia, pois precisava salvar a família”, disse.
A jovem conheceu o ex-companheiro aos 17 anos. Os dois chegaram a morar juntos e montaram um negócio, uma padaria. “Ele queria deixar ela sozinha trabalhando para ela ficar mais presa. Quando ela morou aqui no bairro a gente não a via”, desabafa a fonte.
Há pelo menos seis meses, o relacionamento chegou ao fim. O ex-companheiro até já estava em um novo relacionamento. No último dia 1º, Stefhani foi chamada pelo homem para uma conversa. A família, preocupada, ficou telefonando para a jovem, que atendia às ligações.
No entanto, a partir das 21 horas, Stefhani passou a responder apenas por WhatsApp. Para a família, as mensagens eram enviadas pelo autor do crime, se passando por ela. Uma das mensagens enviadas a partir do celular de Stefhani pedia todas as fotos dela no Réveillon. Amigos da vítima sustentam que era o ex-companheiro querendo saber com quem ela estava.