Questão que dificulta a implantação do binário é a presença de casas da Comunidade Verdes Mares na rua Lauro Nogueira. A Prefeitura separou R$ 5 milhões para pagar indenizações de 90 famílias que terão seus imóveis desapropriados para permitir o fluxo de veículos na via. A titular da Seinf, Manuela Nogueira, afirma que o plano é terminar a desapropriação até o meio do ano. Moradores recorrem à Defensoria Pública em busca de seus direitos.
O supervisor Núcleo de Habitação e Moradia da Defensoria Pública, José Lino Fonteles, relata que cerca de 30 famílias foram ao órgão no último dia 23 alegando que os valores ofertados pela Prefeitura são baixos. "Eles disseram que a Prefeitura iria retirá-los de lá sem reassentamentos e com pequenas indenizações que não dariam para eles comprarem sequer um barraco em outro lugar", relata. Ele destaca que a Defensoria já enviou ofícios à Prefeitura para um esclarecimento sobre a situação, sendo esperada uma resposta até 10 de fevereiro. Só então será realizada uma audiência pública a respeito da questão.
Manuela Nogueira argumenta que foi oferecido o valor da indenização de acordo com uma tabela. "Valor não é querer da Prefeitura. Se a casa não é invasão e é uma casa de alvenaria, tem um valor. Se a casa está dentro de um espaço que seria público, tem outro valor. Existem vários critérios para a gente identificar o valor e as benfeitorias das casas", esclarece.
Ela calcula que cerca de 20% das casas já foram desapropriadas e destaca que essa é uma das únicas questões ainda não resolvidas na Lauro Nogueira com relação ao binário.