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Passageiros relatam divergência em protocolo de cobrança de vacina ao embarcar para o Brasil
Cotidiano

Passageiros relatam divergência em protocolo de cobrança de vacina ao embarcar para o Brasil

|NOVAS REGRAS | Companhias aéreas são responsáveis por verificar comprovante de vacinação no momento do embarque dos viajantes que entrarão no Brasil
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PEDRO COELHO, 34, e esposa francesa Jezabelle Simon, 35, tiveram que mostrar o passaporte da vacina (Foto: Bárbara Moira)
Foto: Bárbara Moira PEDRO COELHO, 34, e esposa francesa Jezabelle Simon, 35, tiveram que mostrar o passaporte da vacina

Passageiros de um voo internacional que chegaram ao Brasil pelo aeroporto de Fortaleza na tarde de ontem relataram divergências na cobrança das vacinas contra a Covid-19 no momento de embarque. A partir de terça-feira, 14, além do teste negativo para coronavírus, os viajantes precisam comprovar que receberam o imunizante contra a doença. A cobrança deve ser feita pela companhia aérea no momento do embarque, mas nem todos os passageiros afirmaram que tiveram o documento requerido.

Daniele Zulian, 46, mora nos Países Baixos e voltou para o Brasil para passar as festas de fim de ano com a família. Segundo ela, em nenhum momento da viagem teve o comprovante da vacina solicitado pelas companhias aéreas dos voos que precisou fazer para chegar a Fortaleza. “Na Holanda não me pediram, na França não me pediram e no Brasil também não. Pagamos 100 euros por testes e não foram pedidos”, disse.

A passageira andava segurando uma pasta que continha os testes negativos feitos pela família e os comprovantes vacinais, mas não precisou mostrá-los. Ela relatou ainda caos nos aeroportos em que passou devido ao grande volume de passageiros nesta época do ano. “Chegavam muitos aviões e eles não tinham como dar conta”.

Também vindo da França, onde mora, para Fortaleza, Lisa Ferreira, 30, foi outra pessoa que não teve o comprovante solicitado. “Não me pediram nada. Mas quando comprei a passagem disseram que tinha que mostrar comprovante da vacina e teste negativo”, disse.

Já a família do advogado Pedro Coelho, 34, precisou mostrar todos os documentos antes de embarcar: comprovante de vacina, teste negativo para Covid-19 feito a menos de 48 horas da viagem e um documento adicional solicitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

Pedro explicou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir comprovante de vacinação para pessoas que desejam entrar no Brasil não foi uma surpresa para a família. “Já estava vacinado, já tinha passaporte, não mudou nada que nós preparamos para mostrar duas semanas atrás”, relatou.

A obrigação do passaporte da vacina decidida pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, e validada pela Corte, deve ser seguida tanto por brasileiros, como Pedro, quanto por estrangeiros, como Jezabelle Simon, 34, a esposa do advogado que também veio a Fortaleza. Estrangeiros ou nativos residentes que saíram do País antes da decisão não precisam comprovar a vacinação ao retornar.

Adrian Schramm, 30, alemão que veio para Fortaleza passar o Natal com a família da esposa cearense, o passaporte da vacina só foi pedido antes do voo da Alemanha para a França. “Eles confirmaram tudo, até o dia da vacina. Na França não pediram, mas já estava no sistema”, explicou.

O POVO entrou em contato com quatro companhias aéreas para saber como está a adaptação de protocolos para seguir as novas regras exigidas pelo estado brasileiro. Foram elas: Gol, Latam, Azul e Air France. As quatro afirmaram que seguem as exigências do teste negativo para Covid-19, comprovante de vacinação e Declaração de Saúde do Viajante (DSV) no momento do embarque de seus passageiros destinados ao País.

A administradora do Aeroporto Internacional Pinto Martins, a Fraport, reforçou que “não há ação realizada pela administração do aeroporto de Fortaleza para checagem de passaporte de vacinação”, afirmando que o controle deve ser feito no embarque. A informação foi repassada por meio de nota.

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