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Grupo Carecas do Brasil é atacado a pedradas
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Grupo Carecas do Brasil é atacado a pedradas

| NA TARDE DE ONTEM | No momento em que concediam entrevista ao O POVO, três integrantes do movimento foram agredidos
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Um vigilante de 51 anos, um professor de artes marciais de 20 anos e um bombeiro civil de 22 anos foram apedrejados no momento em que concediam entrevista ao O POVO, na Praça da Igreja Redonda, na Parquelândia, na tarde de ontem. Os três são integrantes do grupo Carecas do Brasil Ceará e foram apontados como responsáveis pela agressão contra um universitário de 23 anos, na Praça da Gentilândia, na última quinta-feira, 18.


O POVO entrevistou o universitário na sexta-feira, 19. Ele relatou que foi espancado e que os agressores teriam utilizado palavras de cunho racista e homofóbico.


Em contraponto, os três integrantes do Carecas do Brasil negam as ofensas e afirmam que o grupo é nacionalista e trabalha com panfletagens antidrogas. Conforme os integrantes, um deles negro, existe uma rivalidade entre os Carecas e os Anarcopunks por pensarem diferente, mas nada relacionado a negros e gays.


Após os relatos de agressão ao universitário, as imagens do grupo dos Carecas ganhou as redes sociais. Eles afirmam que são reconhecidos nas ruas e que as pessoas os apontam como “skinheads”, termo que dizem não se identificar.


No momento da entrevista ao O POVO, um homem chegou em uma motocicleta, com uma criança no colo, intimidou os Carecas e foi embora. Em seguida, voltou com mais três pessoas e os apedrejamentos contra o grupo iniciaram. Um integrantes dos Carecas sofreu lesão na cabeça, foi atendido em uma farmácia e levado a um hospital.


Após o ato, os Carecas do Brasil procuraram a delegacia do 34º Distrito Policial (DP), no Centro, mas foram orientados a ir até o 2º DP, amanhã, para fazer o exame de corpo de delito.


”Não houve espancamento e nem agressão. O sujeito que disse ter sido agredido falou que foi cercado e, por ser negro e homossexual, disse que a gente o espancou. Mas, ele mentiu. A gente se localizava no Benfica, fazendo ativismo antidrogas. Colocando panfletos contra o uso de drogas. Passou esse indivíduo e mais três pessoas, rasgando nossos panfletos. Os outros correram e ficou esse que diz ter sido espancado. Na discussão, eu o empurrei e ele caiu quase sentado no chão”, detalha um dos integrantes dos Carecas.


O grupo acrescenta que está à disposição de qualquer entidade para prestar esclarecimentos. Relata ainda que os Carecas de outros estados, como do Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro estão acompanhando a situação.


MULTIMÍDIA
Veja o vídeo do momento do ataque http://bit.ly/2Du8Amx 

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