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Embora a perspectiva seja positiva para 2019, ainda há incerteza se o momento é favorável para investimentos privados. A aposta da virada do ano é no setor de serviços para o Estado. Mas, no Ceará, o cenário que se desenha com o hub aéreo, parceira com a holandesa Port of Rotterdam e expansão para receber novas empresas na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), confirmam ambiência para novas empresas e negócios.
Segundo o 19º Boletim de Finanças Públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), divulgado na quinta-feira, o Ceará recebeu investimentos de R$ 2,9 bilhões, alta de 27,34 % (R$ 636,89 milhões) em comparação com a cifra verificada entre novembro de 2016 a outubro de 2017.
"Para dinamizar mais a nossa economia, tem que apostar que o setor de serviços cresça mais fortemente", calcula o diretor de Estudos da Gestão Pública do Ipece, Cláudio André Nogueira. As implantações dos cabos submarinos, por exemplo, podem atrair empreendimentos voltados para tecnologia, informática, comunicação e armazenamentos de dados.
O hub aéreo coloca o Estado na vitrine dos países europeus e chama investidores de segmentos diferentes que precisam desta ponte aérea.
Fomenta também o turismo, que tem forte influência econômica para o Ceará. Já a plataforma portuária mostra avanço logístico e deve gerar competitividade.
O presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart, está otimista. "O próximo ano será de recuperação após 16 anos perdendo o ritmo da atividade econômica. Há os investimentos que têm ocorrido aqui, agenda liberal do Governo Federal e parcerias com países desenvolvidos".
O economista Alcântara Macedo lembra que o Ceará é um dos mais equilibrados do ponto de vista financeiro e que está inserido neste contexto otimista brasileiro. "Os resultados são muito bons, vamos crescer 1,3%.
Fizemos a lição de preparar para investimentos", avalia. Os indicadores têm mostrado o entusiasmo do empresariado. O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,3 ponto de novembro para dezembro deste ano. Com a alta, o indicador atingiu 94,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior patamar desde abril de 2014 (95,9 pontos).
A alta da confiança atingiu dez dos 13 setores avaliados pela pesquisa. O Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários no futuro, avançou 2 pontos, para 101,4 pontos, voltando para um patamar superior a 100 pontos depois de mais de cinco anos. Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, subiu 0,5 ponto, para 88,2 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços subiu 0,3 ponto percentual para 82,3%. (Bruna Damasceno, com Agência Brasil)