Em meio a críticas de usuários, as empresas garantem que mantêm cursos constantes dos prestadores de serviços. A Uber, por exemplo, garante que o tratamento não mudou e que todos os motoristas parceiros são orientados a prestar um serviço de excelência.

"Colocamos à disposição deles diversos materiais educativos e damos dicas por meio do aplicativo de motorista e no atendimento pessoal que é oferecido nos Espaços Uber de todo o Brasil. Cabem aos motoristas parceiros colocar em prática todas as orientações e oferecer um serviço de qualidade que pode, inclusive, ser recompensado pelos usuários com valores extras deixados após cada viagem. Só no primeiro mês que a valor extra foi implementado, o total pago diretamente aos motoristas parceiros superou R$ 4 milhões", diz em nota.

A empresa não informa o número de usuários no Ceará. O último dado apontava 18 mil parceiros ativos na plataforma, em 2018. Afirmou ainda que os motoristas e usuários são cobertos por um seguro APP da Uber em cada viagem, em caso de acidentes, no qual prevê R$ 100.000 por pessoa para morte acidental, R$ 100.000 por pessoa para invalidez permanente total/parcial e até R$ 5.000 por pessoa para despesas médicas.

Sobre a remuneração e valores cobrados, explicou que, em 2016, adotou o modelo de preço antecipado, em que o valor exato de cada viagem aparece para o usuário antes mesmo dela acontecer. Ou seja, se o preço inicial considerou 5 km e 15 minutos, mas no fim a viagem teve 5,5 km e 20 minutos, o motorista vai receber pelos 5,5 km e 20 minutos. Por outro lado, se a viagem tiver 4,5 km e 12 minutos, o motorista vai receber por esse tempo e distância realizados", informa.

Além disso, continuam compondo o ganho do motorista o preço mínimo da viagem e, quando for o caso, o multiplicador dinâmico. Para equilibrar as variações entre o valor definido ao usuário e o pago por este aos motoristas parceiros, a Uber avisa que vai acabar com a taxa fixa de 25% no uberX e demais categorias e de 20% no Uber Black.

Já a 99, que atua nas categorias Táxi e POP diz que tem mais de 600 mil motoristas a 18 milhões de passageiros em mais de 1.600 cidades no Brasil. Ela também não informa os dados locais. Em relação ao atendimento, diz que oferece cursos online de preparação, com orientações sobre como aumentar os ganhos, dicas de segurança e prestação de um bom serviço aos passageiros.

Neste mês, o aplicativo lançou para os motoristas uma plataforma de conscientização para estimular conduta de respeito e tolerância nas viagens, disponível presencialmente e online. O primeiro módulo tem foco no combate à LGBTQfobia. Os próximos, sobre assédio e racismo, estarão disponíveis no mês de agosto.

Por sua vez, o Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi) informou que tem 1.200 taxistas online, quase o triplo do número inicial, há três anos, quando eram 500. São 3 mil corridas por dia. O presidente da entidade, Francisco Moura, destacou que começaram a atuar no aplicativo já em 2016. Sobre a qualidade do serviço, ressaltou que estão em uma busca constante pela melhoria e apontou diferenciais.

"É um app verdadeiramente do taxista, a nossa diferença é que só nós andamos no corredores de ônibus e temos profissionais gabaritados, treinados e profissão regulamentada por lei para atender a sociedade", diz. Regulamentado, o trabalho exige a vistoria dos veículos e curso de qualificação dos profissionais.

A Cabify, que começou a operar em maio deste ano, também não divulga os dados regionais. Por e-mail, informou que segue investindo em ações para oferecer a melhor experiência a todos os envolvidos em sua operação.