Deputados federais do PSL ligados ao presidente nacional da sigla, Luciano Bivar (PE), entrarão com uma requisição para que o também parlamentar Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, seja suspenso e levado ao comitê de ética da sigla.

Bivaristas afirmam que a situação de Eduardo no comando do diretório da agremiação em São Paulo se tornou "insustentável" e a oficialização de sua saída deve ocorrer no mais tardar até terça-feira (22).

"Nós agora temos uma missão: salvar o Brasil dos filhos do presidente. Eles vão afundar o governo do pai deles e o país junto", afirmou Junior Bozella (PSL-SP), um dos deputados mais próximos a Bivar, em entrevista à colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo.

Bozzella tem despontado como principal nome para assumir o diretório estadual de São Paulo do PSL, no lugar de Eduardo Bolsonaro. Filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) também foi destituído do comando do diretório fluminense da sigla.

Jair Bolsonaro recebeu ontem, no Palácio da Alvorada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ex-deputado federal Alberto Fraga, amigo do presidente. Segundo Fraga, a visita foi uma cortesia, pois Bolsonaro partirá na noite deste sábado para a sua mais longa viagem internacional, mas a implosão do PSL entrou em pauta. "Claro que o assunto surge", disse o ex-deputado.

Bolsonaro não teria indicado se deixará o partido, disse Fraga. O ex-deputado afirmou ter dado conselhos ao presidente. e disse que Aras não fez comentários sobre a crise no PSL. "Não caberia ao procurador se envolver neste assunto", disse.

Bolsonaro também não teria tratado da situação de Eduardo Bolsonaro. Além disso, sem apoio para aprovação no Senado, está suspensa a indicação de Eduardo a embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "Sobre a Embaixada, quem vai decidir é o próprio Eduardo", disse. (com agências)