Usuários do sistema metroviário fortalezense consideram o transporte eficiente quando analisam as próprias viagens diárias. Numa visão mais sistêmica, contudo, sugerem a integração tarifária com ônibus, a redução do tempo de espera entre os trens e o funcionamento pleno do sistema aos domingos e feriados.

Lia Araújo, 42, funcionária pública que conhece, também, o sistema metroviário de Berlim, na Alemanha, acha que o metrô de Fortaleza cumpre a função de transportar uma quantidade grande de pessoas. No entanto, pondera que os intervalos entre os trens sejam menos espaçados, que deve haver mais integração entre os transportes municipais e que, comparado a Berlim, paga-se muito mais para se deslocar no metrô fortalezense.

No caso do microempresário Roberto Souza, 37, e do universitário Wellyson Aguiar, 21, que moram em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, a integração é essencial para reduzir os gastos diários com transporte público. Por se deslocar, também, de ônibus municipal e intermunicipal, Wellyson desembolsa em torno de R$ 10 por dia. Já Roberto encontra dificuldade no momento de pagar a tarifa dos ônibus de autoatendimento.

"Ônibus, agora, só vão com cartão, não aceitam mais dinheiro. E nem todo mundo tem um cartão, né? Com integração, seria muito melhor", alega Roberto. "Um sistema de integração resolveria. Tenho que ter dois bilhetes e sempre recarregar os dois", argumenta Wellyson. (Luana Severo)