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O design como ferramenta de melhoria dos espaços urbanos
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O design como ferramenta de melhoria dos espaços urbanos

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Bancos, postes, parquinhos, lixeiras, bebedouros e banheiros públicos, bicicletários, estruturas de sombreamento, jarros de flores e plantas, painéis de grafite. Muitas são as possibilidades de atrelar elementos que compõem os espaços urbanos da cidade ao design.

O "Cidade da Gente" é exemplo disso. O projeto municipal, apoiado pela Iniciativa Bloomberg para a Segurança Viária Global, já redesenhou espaços públicos estratégicos de Fortaleza, como o entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e uma praça da Cidade 2000, possibilitando novas formas de experimentar e de ocupar a Capital. Outra intervenção semelhante já está prevista para ser executada neste ano no projeto Caminhos da Escola.

"As experiências do 'Cidade da Gente' são um retrato de como o design pode transformar a Cidade, aproximar as pessoas, deixando (o ambiente urbano) mais acessível, atrativo", disse a coordenadora de desenho urbano da Iniciativa Bloomberg em Fortaleza, Beatriz Rodrigues. A especialista defende, também, que o design colabora para a ativação cultural dos espaços públicos. "E quanto mais simples (as técnicas), mais próximo das pessoas", orienta ela.

Narcélio Grud, artista visual local, acredita que o design social "é o mais power que já surgiu até agora" por ser uma eficaz ferramenta de inclusão e de construção de identidade comunitária. "Pra (comunidade) poder resolver problemas, criar uma convivência melhor".

Cláudia Leitão, do Observatório de Governança de Fortaleza, ressalta que a Capital precisa fomentar novas centralidades urbanas e que é preciso, também, pensar em "uma mobilidade que permita ganhar tempo, mas, também, ocupar vazios. A Cidade é cheia de vazios". Além disso, a gestora entende a necessidade de criar mais centros de difusão da cultura local. "Isso é o desenho urbano que tem de ser pensado na lógica de Medellín (na Colômbia). (Urbanismo) Se constrói da periferia para o centro e não do centro para a periferia." (Luana Severo)

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