Embora o assunto ainda vá ser definido em congresso do partido, o deputado estadual Renato Roseno já fala como pré-candidato a prefeito de Fortaleza em 2020. Em evento realizado na manhã de ontem, na sede do Psol, o parlamentar prestou contas do mandato a militantes e projetou o ano seguinte, no qual, segundo ele, "a pedreira" já se anuncia.
Enquanto discursava a filiados, o deputado ouviu algumas vezes gritos de "Roseno prefeito" do atual presidente da legenda a nível estadual, Ailton Lopes. O ex-vereador João Alfredo reforça haver o desejo do Psol em lançar Roseno como candidato ao Paço Municipal no ano que vem.
Ao O POVO, ele afirmou que, para o partido avançar ao segundo turno num cenário onde o favoritismo parece pender para Capitão Wagner (Pros), à direita, e no qual a família Ferreira Gomes, apoiada nos oito anos de gestão de Roberto Cláudio, deverá impor dificuldades a adversários, é preciso "haver uma onda".
"A gente só chega no segundo turno se a população nos abraçar como alternativa para ir pro segundo turno, alternativa distante de todas as máquinas, sejam as locais, sejam as nacionais", analisou.
O socialista aponta que 2020 representará espécie de "terceiro turno" de 2018, o que, na visão dele, significa uma corrida eleitoral nacionalizada, ainda que municipal, e sob forte influência de notícias fraudulentas circulando nas redes sociais.
Segundo João Alfredo, o Psol também trabalha para lançar candidaturas à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) que possam ter musculatura eleitoral.
Ailton Lopes pensa que, enquanto candidatura à esquerda e de oposição a Roberto Cláudio, o Psol pode se sobrepor eleitoralmente ao PT porque a legenda de Lula "tem muito a explicar". "Por sua bancada, 100%, ter votado na reforma da Previdência (estadual) contra trabalhadoras e trabalhadores", afirma. Ex-candidato ao Palácio da Abolição em 2018, ele também será investimento do Psol ao Legislativo municipal.