O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi alvo de críticas, ontem, ao compartilhar o lançamento do Movimento 65, estratégia partidária divulgada ainda no começo de dezembro para discutir filiações e candidaturas para as eleições de 2020. Muitos internautas entenderam a iniciativa como uma tentativa de implantar "nome fantasia", escondendo as origens comunistas.
Líderes partidários garantem, porém, que o nome do partido continua o mesmo e dizem que a campanha envolve uma estratégia de articulação das possíveis filiações e candidaturas majoritárias que irão disputar o pleito municipal próximo ano. Em entrevista ao O POVO, o atual presidente do PCdoB em Fortaleza, Franciné Cunha, explicou que "O movimento é para preparar o partido para a eleição. Vamos abrir o partido para discutir filiações partidárias. É um movimento contra essa situação que está, então estamos querendo mobilizar a sociedade em torno de um projeto eleitoral que garanta essa unidade" afirma o presidente. Segundo ele, o partido está dialogando a proposta com os parlamentares e preparando, na segunda semana de janeiro, uma reunião para discutir detalhes da campanha.
Para o vereador de Fortaleza Evaldo Lima (PCdoB), o Movimento 65 é uma possibilidade de ampliar o debate político. "Ele é, essencialmente, politico eleitoral institucional e busca estar presente na academia, nas universidades e movimentos sociais para aumentar as possibilidade de diálogo", declara. Segundo Evaldo, em nenhum momento o movimento rejeita os princípios do partido, reforçando que a ideia já está sendo discutida nos bairros e universidades da capital.
Em seu site, o PCdoB afirma que o movimento visa "reforçar as ideias da esquerda e demais forças progressistas". O partido diz que um dos objetivos é criar uma frente para "conter a agressividade do bolsonarismo".