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Análise dos caminhos do Estado
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Análise dos caminhos do Estado

Economia
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O atual momento da economia do Ceará somente foi possível porque o Estado se preparou e fez a lição de casa. Essa é a análise do economista e consultor internacional Alcântara Macedo. "O Ceará tem um dos melhores portos da América Latina, tem um bom aeroporto, um arca bolso jurídico, uma equipe econômica muito atuante. Tudo isso contribuiu para o momento atual", explica.

Também impacta o fato de o Ceará ser um dos estados da federação com maior equilíbrio fiscal, o que também coopera para atrair investidores. Além disso, o cenário econômico nacional, que começa a dar sinais de recuperação, com geração de novos empregos, juros baixos e inflação controlada também são positivos para que o Estado possa atrair novos investimentos.

Mas Lauro Chaves Neto, assessor econômico da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e articulista do O POVO, avalia que o Ceará possui uma defasagem crônica na economia em relação ao restante do País. "O Ceará é responsável apenas por 2,25% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Nós precisamos acelerar o crescimento durante as próximas décadas, fazer com que o cearense tenha a mesma média de renda do País".

Para que isso ocorra há necessidade de melhoria no ambiente de negócios, na infraestrutura e capital humano. "Se algum desses fatores não estiver a contento, não conseguiremos ter crescimento econômico sustentável", disse.

Para ele, o desenvolvimento do capital humano do Ceará está sendo realizado, com a melhoria do Ensino Médio, com cursos de capacitações, sobretudo os fornecidos pelo Sistema S e nas universidades.

Na infraestrutura, os hubs aéreo e portuário também são vistos como importantes para o desenvolvimento do Estado.

Sobre as recentes viagens do governador Camilo Santana ao exterior em busca de novas parcerias, ele acredita em bons resultados. "Esperamos que esses contatos consigam atrair novos investimentos. Mas isso não acontece de forma rápida e não é fácil, porque estamos competindo com todos os países do mundo".

Na vitrine do Estado estão fatores como logística, localização geográfica em relação à Europa e Estados Unidos, além da possibilidade da utilização de energia limpa como eólica e solar.

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