O uso de energia limpa e renovável, como a solar, está crescendo no Ceará. Hoje o Estado ocupa a 2ª posição em energia centralizada (disponível na rede) e a 9ª em energia distribuída (produzida pelo consumidor).
"Há uns dois anos o Ceará perdeu um pouco o espaço na contratação de energia solar, mas em 2019 o Estado veio retomando seu cenário de destaque", afirma Bárbara Rubim, vice-presidente de Geração Distribuída do Conselho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
No entanto, para que a instalação seja mais atrativa para as empresas, é preciso que o Governo do Estado crie políticas públicas favoráveis, como a diminuição do valor do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), e que não haja realmente a taxação da energia gerada pelo próprio consumidor pela Aneel. "Minas Gerais é um estado que se destaca na geração de energia solar. Mas, para que isso acontecesse, o governo de lá deu muitos incentivos como a isenção do ICMS".
E a análise é que o diálogo com o Governo do Estado tem sido positivo, com estudos de formas para estimular a utilização de energia limpa.
Com despesa mensal de mais de R$ 1,4 milhão mensal em energia elétrica, a Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, apostará em alternativa para diminuir os custos. A instituição fechou parceria com grupo alemão, que deverá iniciar projeto-piloto em janeiro, na fazenda experimental do Vale do Curu. A previsão é que, gradativamente, todos os prédios da universidade utilizem matriz fotovoltaica.
A exemplo da UFC, o instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) também pretende instalar nos 33 campi, além da reitoria, placas de energia solar. "O Instituto Federal do Ceará está seguindo a tendência de outros estados como Rio Grande do Norte e Pernambuco. Essa é uma medida extremamente importante", diz Bárbara.