A presidente do Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide), Emília Buarque, é a segunda presidente da entidade no Brasil. Emília também ocupou a Coordenação Geral da Associação dos Jovens Empresários em 2003 e a diretoria e vice-presidência do Centro Industrial do Ceará nos biênios 2004-2006 e 2006-2008, respectivamente. Também abriu um negócio aos 16 anos.
Para ela, a desigualdade de gênero é um problema cultural. "Mesmo passados vários anos e registradas algumas importantes conquistas, é claro que ainda existe o déficit. No entanto, defendo que o melhor caminho é o da meritocracia. Prefiro agir que ficar discutindo sobre desigualdades. Fico muito à vontade em qualquer ambiente, não importa se a dominância é só de mulheres. E com um certo esforço, é fato, estou sempre em busca de agregar mais mulheres fortes que queiram se conectar e ganhar mais espaço", afirma.
Ela aponta que existe uma nova corrente do cenário dos negócios e das empresas, muito mais atenta em atender e resolver problemas da sociedade, valorizando o ser humano, o meio ambiente e o planeta. "Nossos diferenciais são: a percepção de mundo de forma mais abrangente, sensibilidade para lidar em situações de crise e capacidade de projeção e planejamento futuro. Estes poderão ser alguns dos principais pré-requisitos deste novo mercado", explana.
Outro ponto, acrescenta, é a necessidade de qualificação para quem almeja cargos de liderança. "Em primeiro lugar, qualquer profissional ou líder deve estar muito bem preparado para atuar em sua área. Conheci já várias mulheres que são referências nacionais e até mundiais, que tiveram filhos, construíram família, são vaidosas e disputadas por empresas de grande porte".